o reconhecimento político da expansão portuguesa
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Resposta:
A Expansão Portuguesa iniciou-se com a conquista de Ceuta, cidade muçulmana do Norte de África.
Este era um ponto de chegada das rotas de caravanas que traziam o ouro da zona a Sul do deserto do Saara e localizava-se numa zona fértil e rica em cereais.
No entanto os resultados esperados não foram os melhores, pois os mercadores muçulmanos desviaram as rotas de comércio que passavam pela cidade que, a partir de então passou a ser alvo de permanentes ataques.Ceuta tornou-se completamente inútil para a expansão portuguesa, não correspondendo às expectativas que a sua conquista suscitara.
Perante este cenário os portugueses tentaram um outro caminho: o das viagens marítimas, através das quais procuraram atingir directamente as zonas produtoras de ouro.
Neste momento é abandonada a política de conquista com que se iniciaram os descobrimentos, mais do agrado da nobreza que assim faria sentir o seu valor no aspecto militar, passando-se a uma política de descoberta, de cariz sobretudo comercial.
Inicia-se assim a expansão Portuguesa motivada pelos condicionalismos existentes na época. A nível geográfico tínhamos uma extensa costa atlântica e proximidade do mar mediterrâneo aliada a uma forte tradição marítima em que uma parte da população estava ligada às artes de navegar.Em termos de condições humanas havia um forte apoio da monarquia da 1ª dinastia à actividade marítima e à construção naval. Nesta época tinham-se desenvolvido condições técnicas com o conhecimento de instrumentos náuticos, matemáticos, astronómicos por influência árabe e judaica e inventaram um novo tipo de embarcação: a caravela.A nível político também tínhamos todas as condições favoráveis, estávamos em paz com Castela desde 1411, tinha-se iniciado uma nova Dinastia e a maioria dos países Europeus estava envolvida na guerra dos 100 anos.Os grupos sociais da época tinham também bastante motivação em que os Nobres tinham deste modo uma nova oportunidade de se dedicarem à guerra, podendo assim adquirir novas terras e cargos.
Os Burgueses desejavam encontrar novos produtos e desenvolver o comercio para os lucros.
O Clero queria evangelizar novos povos. O Povo tinha a esperança de conseguir melhores condições de vida.
Com D. João II (1481-95) a exploração da costa Africana prosseguiu metodicamente e foi com ele que surgiu o plano de atingir a Índia pelo Atlântico Sul. Após ser “dobrado” o Cabo das Tormentas, por Bartolomeu Dias iniciou-se um momento culminante da expansão Portuguesa. Provou-se que era possível chegar à Índia navegando pelo Atlântico e terminando a ideia que o Oceano Indico era um mar fechado.
Os espanhóis iniciam-se nas descobertas e Cristóvão Colombo, ao serviço dos reis de Castela descobre a América. Celebra-se então o Tratado de Tordesilhas e dividimos o mundo em dois.Numa das viagens à Índia, Pedro Alvares Cabral desvia-se um pouco da sua rota e avista a “Terra Nova”, desembarcando em Porto Seguro onde deu o nome de Terra de Vera Cruz, tinha-se descoberto o Brasil.
Na época da expansão portuguesa a nossa política não foi a fixação e colonização mas a busca de ouro, escravos especiarias africanas e marfim.
Tínhamos deste modo aberto Portugal ao Mundo.
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