O rato da cidade e o rato dos campos
O rato da cidade, um dia,
fez ao dos campos, seu amigo,
um convite de cortesia:
“Jante você hoje comigo”.
E sobre um tapete do oriente,
serviu-lhe a mais fina comida.
Nem é preciso que eu comente:
assim se leva a boa-vida.
Foi um banquete de se ver;
nada faltava no festim.
Mas algo veio interromper
a bela festa antes do fim.
Eis que os dois ouvem um ruído
soar à porta do salão;
Por seu convidado seguido,
já dá no pé o anfitrião.
Cessa o ruído; vai-se embora
o importuno. Voltam os ratos;
o da cidade diz: “agora,
toca a acabar nosso repasto”.
“Chega”, responde o outro. “Venha
jantar comigo se lhe apraz.
Não digo que não me convenha
o seu banquete de rei, mas
no campo ninguém interrompe,
tranquilos podemos comer.
Adeus, então; ai do prazer
que com medo se corrompe”!
FONTAINE, Jean de la. Trad. de José Paulo Paes. in: PAES, José Paulo. Ri melhor quem ri primeiro. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998.
As fábulas geralmente apresentam a moral da história, no início ou no final do texto. Assim acontece nesta que você acabou de ler: os dois últimos versos apresentam essa moral, ou lição que o leitor pode aprender com a história dos dois ratos.
Assinale a alternativa que apresenta uma interpretação dessa moral.
A
Os camponeses são muito atrasados e não podem compreender as grandes vantagens da vida na cidade.
B
Os ratos do campo são muito ariscos e mais espertos que os ratos da cidade.
C
A cidade oferece muitos prazeres e isso corrompe os seus habitantes.
D
Os prazeres da vida do campo são muito simples, mas não são como os prazeres da cidade, estragados pela insegurança e pela intranquilidade.
Soluções para a tarefa
Resposta:
letra (d)
Explicação:
os prazeres da vida do campo sao muito simples mas nao sao como os prazeres da cidade estragados pela insegurança e pela intranquilidade
A alternativa correta sobre o que é possível levar como moral da fábula apresentada é a letra D) Os prazeres da vida do campo são muito simples, mas não são como os prazeres da cidade, estragados pela insegurança e pela intranquilidade.
O objetivo principal das fábulas e dos contos é entreter e/ou ensinar as pessoas, por meio da invenção de personagens fictícios, que na grande maioria das vezes possuem características humanas, mas que podem ser animais ou seres extraordinários.
No caso em questão, observa-se uma fábula que possui o objetivo de evidenciar que a vida dos indivíduos que habitam o campo é simples, mas que não possui os desgostos que são percebidos na vida de quem habita as cidades, onde as pessoas se mostram bastante inseguras e intranquilas.
Leia mais sobre fábulas em:
https://brainly.com.br/tarefa/8195088