O racismo pode ser considerado uma atitude filosófica; ou ainda, uma grandeza científica à qualificar o ser humano? Porque?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Embora o racismo seja encarado como um
dos principais males da modernidade, o estudo
de suas causas, dinâmicas e consequências ainda
esbarra em obstáculos metodológicos e teóricos.
Isso reflete não apenas a natureza do fenômeno,
cuja expressão pública costuma ser interditada na
maior parte do globo, mas também a pluralidade
de definições analíticas para o termo. A carga política embutida no conceito e a sua dependência em
relação a acepções contextuais do que é entendido
por “raça” são dois fatores que também dificultam
o seu emprego como uma categoria analítica.
Como resultado, vivemos um momento em que
quase todos reconhecem que o racismo permanece
operando de forma efetiva no mundo, mas poucos
são capazes de identificar claramente suas dinâmicas (Taguieff, 2001).
A despeito disso, a literatura especializada permanece buscando uma definição de racismo capaz
de transformar os significados toscamente articulados no senso comum em uma categoria analítica
que permita investiga-lo empiricamente. Quando
analisamos as teorias sociológicas dedicadas a explicar como ele opera, três abordagens se destacam.
A primeira delas entende o racismo como um fenômeno enraizado em ideologias, doutrinas ou
conjuntos de ideias que atribuem uma inferioridade natural a determinados grupos com origens ou
marcas adstritas específicas. Por essa perspectiva, o
adjetivo “racista” só pode ser atrelado a práticas que
decorrem de concepções ideológicas do que é raça.
A segunda abordagem, por seu turno, concede uma
precedência causal e semântica às ações, atitudes,
práticas ou comportamentos preconceituosos e/ou
discriminatórios na reprodução do racismo.
Explicação: