História, perguntado por andersonpaiva5407, 8 meses atrás

O racismo é uma realidade que atinge grande parte da população brasileira. Ele se manifesta em práticas sociais e, muitas vezes, está presente em diversos ambientes da vida cotidiana, como as relações na escola, no trabalho, no esporte, na cultura, no entretenimento, etc.


Reflita sobre um trecho da letra de música do grupo de rap Racionais MC’s.






A diferença entre pessoas brancas e pessoas negras é abordada, pelos autores da música, como tendo prioridade sobre os fatores econômicos de desigualdade.


Com base na letra da música Racistas Otários, entreviste pelo menos 3 pessoas negras buscando saber se já sofreram situações de racismo em sua vida, relate o fato e faça um texto de até 1 página de acordo com a teoria vista sobre racismo e preconceito.

Soluções para a tarefa

Respondido por rodriguesjoel2019
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Resposta:

Explicação:

De acordo com o conteúdo visto no capítulo, o racismo é um sistema de dominação social que possui geografia, história e está acentuado sobre verdades produzidas, neste caso, pelo discurso científico.

Em primeiro lugar, o racismo, tal como conhecemos na região latino-americana, possui uma geografia, pois, foi um sistema criado na época colonial. Ou seja, na época em que a Espanha e Portugal dominavam os mares e o comércio, a escravidão foi um sistema organizado e planejado, que funcionava através da mão de obra escrava que produzia as riquezas para os europeus.

A história do racismo tal como vemos refletir nas sociedades latino-americanas nos dias atuais está baseado na escravização de populações trazidas da África. Populações que pertenciam a diversas etnias e locais diferentes, com religiões e culturas diferentes, que, quando sequestradas e trazidas para o "Novo Mundo", eram misturadas e levadas para os locais onde a monocultura e a exploração de riquezas naturais eram realizadas. Seja no trabalho com a terra, a agricultura, ou na extração de bens naturais, como o ouro, o cobre, etc, seja realizando as tarefas de casa, as populações escravizadas eram vistas como objetos (bens materiais) de seus senhores. Diferentemente dos gregos, a concepção de escravidão desenvolvida pelos europeus em solos americanos foi racionalizada para o trabalho, para a produção de riquezas para os países europeus e para as elites da região.

Em segundo lugar, o traço particular das pessoas escravizadas na América tinha por traço uma diferença coletiva, e não uma natureza deficiente, como acontecia na Grécia antiga. Do ponto de vista do discurso científico, o capítulo mostra, a partir do pensamento de Munanga, que o conceito de raça foi sofrendo mutações em tempos distintos até se chegar à teoria da raciologia. Somente no século XVIII que o critério da cor da pele passou a ser utilizado para distinguir as raças humanas.

Hoje em dia, não é mais correto afirmar que existem várias raças humanas, mas apenas uma. Nas entrevistas, pude comprovar que o racismo não é algo que existiu, mas que existe, todavia. Todas as três entrevistas realizadas confirmaram que as pessoas são distinguidas pela aparência, pela cor da pele. A primeira pessoa entrevistada, que trabalha de vendedora numa loja de roupas femininas, relatou que já sofreu muito preconceito e discriminação por parte do dono da loja. A segunda pessoa entrevistada falou que tem uma chefe de turno que sempre a coloca para fazer os piores serviço. Já o terceiro entrevistado, que é um jogador de futebol, relatou que sofreu várias piadas racistas por parte da torcida. Portanto, mesmo que existam leis e o estatuto da igualdade racial, toda as pessoas negras possuem um tratamento desigual em relação às não negras.

Respondido por debcosta23
7

Resposta:

A escravidão não foi um método inventado pelos europeus no período da colonização, mas sim um costume muito antigo de diferentes civilizações que escravizavam inimigos de guerra e pessoas que não podiam pagar suas dívidas. Mas foi com a escravidão massiva de povos negros e indígenas durante a colonização que a escravidão ganhou seu capítulo mais lamentável com consequências que perduram até hoje em nossa sociedade. Durante séculos foi sendo construído a ideia da raça negra como sendo uma raça inferior, maligna, indigna e, com a libertação dos escravos em 1888 através da Lei Áurea, essa ideia não mudou completamente e sim tomou novas nuances. A libertação não veio junto com a dignidade e oportunidades que pareassem negros e brancos como seres iguais com direitos iguais e sim marginalizou a população negra, deixando a eles os serviços mais baixos, sem condições de moradia, financeira, de educação e tratamento igualitário perante a sociedade. Até mesmo as religiões de matriz africano são, ainda hoje, marginalizadas e vista como algo do mal, oposto ao cristianismo que dominou e ainda é a maioria de adeptos ( especialmente por brancos). Atualmente a discussão a respeito do fim do racismo tem ganhado cada vez mais força e certamente as coisas são melhores do que no século passado, mas ainda há um longo caminho a percorrer para quebrar paradigmas que foram sedimentados ao longo de séculos de dominação.

Explicação:

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