Português, perguntado por meupiguimel11br, 5 meses atrás

o que você entende sobre o tema"não julgue para não ser julgado"​

Soluções para a tarefa

Respondido por manumessiasc
1

Resposta:

nao fazer uma coisa a que você nao queria que faça com você

Respondido por meupigmeulxxxx
3

Resposta:

Defender as próprias verdades parece ser condição primeira para dar sentido à nossa existência. Mas levar a “ferro e fogo” certas convicções pessoais pode produzir estragos extremamente danosos às nossas relações. Todos têm aquilo que chamamos de “juízo de valor”, ou seja, princípios a partir dos quais enxergamos o mundo e usamos para julgar a nós mesmos e aos outros. Até aí tudo bem. O problema acontece quando usamos estes valores de forma equivocada e, por vezes, julgamos por antecedência uma pessoa ou situação, colocando em risco a integridade dos relacionamentos interpessoais e até mesmo da própria consciência. Para ter noção da importância do posicionamento que assumimos perante o mundo (e seu efeito) basta recorrer a um ensinamento bíblico deixado por Jesus: “Não julgue, para não ser julgado”. Se o preceito fosse seguido à risca, com certeza haveria mais união entre as pessoas.

Mas, afinal de contas, porque temos a tendência de julgar o outro mesmo sem conhecê-lo a fundo? É difícil aceitar, mas, segundo a psicologia, ao apontar um defeito alheio estamos nos remetendo às nossas próprias fraquezas, tentando extirpá-las. “Quando a pessoa não admite as próprias falhas, acaba projetando-as no outro”, explica a psicóloga Regina Vera Dias, da Qualy Bio, de São Paulo, empresa especializada em programas de qualidade de vida. A sociedade nos cobra perfeição em todos os sentidos, como condição essencial para sermos bem aceitos. Por conta dessa carga de responsabilidade, costumamos usar os artifícios que nos vêm às mãos para firmar nossas posições e fazer valer aquilo que pensamos. E é nessa hora que usamos o repertório que vem sendo formado desde a infância, ou seja, nossos valores.

O período que vai de zero a sete anos de idade é o que desempenha papel fundamental nessa formação. Quem convive com um pai agressivo e que julga a tudo e a todos o tempo inteiro, por exemplo, provavelmente vai desenvolver o mesmo comportamento na fase adulta. Ao carregar esses conflitos, é comum que as pessoas não pensem duas vezes para criticar o outro. Mais uma vez a palavra chave é autoconhecimento. “Quem julga e critica não conhece as próprias falhas”, afirma Regina Vera. É só cuidando do desenvolvimento interior que vamos conseguir analisar e interpretar mais claramente convicções que, muitas vezes, estão no inconsciente e foram adquiridas a partir das nossas primeiras experiências no mundo.

Os ensinamentos budistas, embora não tratem especificamente o conceito de julgamento, são boa fonte para entender melhor a necessidade de se desvencilhar de preconceitos que impedem a verdadeira felicidade e o bom relacionamento. “O ideal seria enxergar os outros como se fossem mais preciosos que nós mesmos, daí a importância de não julgar”, diz o rio-pretense Eduardo Sellito, professor de meditação da Tradição Kadampa. Não julgar é tarefa difícil. No entanto, é importante lembrar que quanto mais amplo o conhecimento de nós mesmos e do que nos cerca, maior será nossa flexibilidade em aceitar as diferenças. “Precisamos desenvolver maior capacidade de discernimento e entender que o julgamento deve passar tanto pela razão como pela emoção”, ensina a psicóloga Regina Vera. O ego é o principal traidor no que diz respeito ao julgamento alheio. Para alimentar as próprias convicções, muitas vezes, generalizamos aquilo que consideramos correto e partimos para condenar quem age de forma contrária. “Se me conheço sei das minhas qualidades, mas também tenho noção dos meus defeitos e por isso mesmo tenho de aceitar o outro em vez de excluí-lo”, analisa a psicóloga.

Por este ângulo, ter auto-estima não significa somente se gostar, se arrumar, se impor e buscar a vitória a qualquer custo. Quem se ama realmente, entra em contato com a própria “feiúra” e por isso não tem necessidade de apontar o dedo para seu semelhante. É verdade que a maneira como nos relacionamos com o mundo tem a ver com os primeiros vínculos afetivos estabelecidos

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