Física, perguntado por aniinhadiimh, 7 meses atrás

o que tales transmitiu a seus sucessores?​

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Respondido por felipa2373
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Resposta:

A água é o elemento a que Tales de Mileto atribuiu a geração de tudo o que existe, o arché. Com base em suas observações empíricas, o filósofo constatou que todos os elementos que constituíam a natureza (ao menos aqueles a que ele tinha alcance) eram compostos, em maior ou menor proporção, de água.

Explicação:

Tales de Mileto

Tales de Mileto foi considerado o primeiro filósofo por Aristóteles. Hoje, sabendo que existe uma tradição filosófica oriental que pode ser anterior à filosofia ocidental, podemos dizer que Tales foi o primeiro filósofo do Ocidente.

Quem foi Tales de Mileto?

Nascido na cidade de Mileto (região da Jônia, onde atualmente fica a Turquia) aproximadamente em 625 a.C., Tales foi considerado o primeiro filósofo. Os historiadores, para facilitarem o estudo e a classificação, nomearam a tradição iniciada por Tales, e continuada por Anaximandro e Anaxímenes, de escola jônica.

Devemos lembrar-nos de que a antiga região grega não era unificada em um território nacional, e sim composta por várias cidades independentes (Mileto era uma delas) que compreendiam um extenso território entre a Península Itálica, a Turquia e o norte da África.

Tales de Mileto, considerado o primeiro filósofo do Ocidente.

Por ser um grande comerciante, o primeiro filósofo viajou pelo Oriente Médio, o que o fez conhecer o Egito e a região da Babilônia, atual Iraque. Mediante suas viagens, o filósofo conheceu a astronomia babilônica, advinda de povos sumérios, e a matemática egípcia, que possibilitou à população do Egito uma engenharia capaz de construir as famosas pirâmides.

A matemática, em especial a geometria, não era cultivada de modo sistemático e científico pelos egípcios. Uma das grandes contribuições de Tales foi transformar aquele conhecimento prático em uma ciência capaz de cultivar e evoluir os conhecimentos sobre os números e as formas geométricas.

Tal feito fez com que o filósofo desenvolvesse o ainda atual teorema de Tales, que permite o cálculo da altura de uma pirâmide tomando por base o comprimento das retas paralelas e a disposição angular das retas transversais da figura geométrica espacial.

Especula-se, com base nos relatos de Heródoto, que Tales tenha previsto o dia e a hora exatos de um eclipse total do Sol, utilizando apenas conhecimentos de astronomia e cálculos baseados na posição da Lua e da Terra em relação àquele astro. Esse feito deve ter acontecido por volta do ano 585 a.C., o que se considera ser o período de maturidade intelectual de Tales. Ao que tudo indica, foi nessa mesma época que o filósofo formulou a sua teoria cosmológica, dando origem à filosofia.

As observações astronômicas do pensador colocaram-no uma questão intrigante: qual seria a origem racional para toda aquela organização cosmológica imensa? Em busca de uma resposta, o pensador intensificou o seu movimento de observação natural, o que o levou a iniciar o processo filosófico do Ocidente.

Um dia, conta-nos Heródoto, caminhando e observando o céu e as estrelas, Tales caiu em um buraco. Uma mulher vinda da Trácia, cidade da região macedônica, viu a cena e colocou-se a rir do filósofo, dizendo que ele estava sempre distraído olhando para o céu, de modo que não conseguia ver aquilo que estava abaixo de seu nariz, um imenso buraco.

Essa narrativa de Heródoto faz-nos pensar sobre o papel do filósofo na Grécia Antiga encarnado por Tales: o filósofo era uma pessoa que, por não precisar trabalhar nem ter as preocupações da vida cotidiana encaradas pelos escravos (como a moça trácia) e pelos artesãos, poderia dedicar-se a observar e contemplar a natureza na tentativa de decodificá-la.

Tales era o típico filósofo observador inquieto, o que o fez formular uma origem racional para o Universo, impulsionando-o a cultivar a matemática de modo sistemático e a estudar a astronomia na tentativa de entender como tudo funcionava. Diz a história que Tales também teria formulado uma proposição mais plausível para explicar as enchentes no rio Nilo, que aconteciam todo ano, sem recorrer a lógicas fantasiosas baseadas em divindades e seres mitológicos.

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