História, perguntado por izarutinho, 7 meses atrás

 O que significava ser um bom artista no Egito Antigo? Cite algumas regras que o artista deveria aprender.​

Soluções para a tarefa

Respondido por sarahpadilha
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Resposta:  

1. regra: Lei da Frontalidade- As representações das pessoas são feitas da seguinte forma: os olhos, o peito e os ombros são representados de frente, enquanto a cabeça e as pernas ficam de lado.

Os olhos são vistos de frente, pois acreditava-se que essa era a maior característica das pessoas. Essa forma de mostrar o corpo só permitia três pontos de vista: de perfil, de frente e de cima.  

Acreditou-se por muito tempo que essa forma de pintar as pessoas se dava a falta de técnicas dos artistas. Porém, hoje acredita-se que essa técnica era utilizada para mostrar o máximo possível o corpo humano.

2. regra: Peso da alma - Deveria ser seguida uma ordem de altura, ou seja, quanto mais importante uma pessoa fosse mais alta ela deveria ser pintada

3. regra: A representação por inteiro da figura humana - organizava-se segundo a chamada “regra de proporção”, um rígido quadriculado, com dezoito unidades de igual tamanho, que garantia a repetição acurada da forma ideal egípcia em quaisquer escalas e posições. Era um sistema a prova de erro, que estabelecia as distâncias exatas entre as partes do corpo.

explicação passo a passo:

A arte Egípcia nasceu há mais de 3000 anos a.C. e está ligada à religiosidade, visto que a maior parte das suas estátuas, pinturas, monumentos e obras arquitetônicas se manifesta em temas religiosos.

Assim, o interior dos templos, bem como as peças ou espaços relacionados com o culto dos mortos, eram artisticamente elaborados. Os túmulos são um dos aspectos mais representativos da arte egípcia.

Isso porque os egípcios acreditavam na imortalidade da alma e que ela poderia sofrer eternamente, caso o corpo fosse profanado.

Daí decorre a mumificação e o caráter monumental do local onde as múmias eram colocadas, cujo objetivo estava voltado para protegê-las pela eternidade.

Pintura Egípcia:

O faraó contratava artistas para desenhar e pintar nas paredes das pirâmides, que viriam a ser os seus túmulos. Essas pinturas detalhavam a vida deles e seu entorno, de modo que essa arte registra parte da história do Egito.

pintura Egito antigo:

Pinturas de 4,4 mil anos encontradas na tumba da Sacerdotisa Hetpet representam a sociedade da época

Nessa sociedade, a arte era produzida de forma padronizada e não dava espaço para a criatividade.

Dessa maneira, foi realizada uma arte anônima, pois o importante era a perfeita realização das técnicas executadas e não o estilo dos artistas.

A dimensão das pessoas e objetos não caracterizava uma relação de proporção e distância, mas sim os níveis hierárquicos daquela sociedade. Assim, o faraó era sempre o maior dentre as figuras representadas numa pintura.

As tintas utilizadas nessas pinturas eram extraídas na natureza:

Preto (kem): associado à noite e à morte, a cor preta era obtida do carvão de madeira ou de pirolusite (óxido de manganésio do deserto do Sinai).

Branco (hedj): extraído do cal ou gesso, o branco simbolizava a pureza e da verdade.

Vermelho (decher): representava a energia, o poder e a sexualidade e era encontrado em substâncias ocres.

Amarelo (ketj): estava associado à eternidade e era extraído do óxido de ferro hidratado (limonite).

Verde (uadj): simboliza a regeneração e a vida e era obtido da malaquite do Sinai.

Azul (khesebedj): extraído do carbonato de cobre, o azul estava associado ao rio Nilo e ao céu.

Características da Pintura Egípcia:

Existiam muitas normas a serem seguidas na pintura e no baixo-revelo produzidos no Antigo Egito:

Ausência de três dimensões;

Ausência de sombra;

Utilização de cores convencionais.

Lei da Frontalidade

Nas palavras do historiador da arte Ernst Gombrich:

Vale a pena pegar um lápis e tentar reproduzir um desses desenhos egípcios “primitivos”. Nossas tentativas vão sempre parecer inábeis, assimétricas e deformadas. Pelo menos, as minhas parecem. Pois o sentido egípcio de ordem em todos os detalhes é tão poderoso que qualquer variação, por mínima que seja, parece desorganizar inteiramente o conjunto.

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