o que significa ser negro no Brasil de hoje
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Resposta:
Ser negro no Brasil de hoje requer de uma assumir posturas e tomar atitudes extremamente mordaz, a fim de que possa sobreviver às estruturas racistas existentes. Ser preto neste país é compor o exército da população carcerária brasileira, que segundo dados do IBGE, em pesquisas realizadas em 2012, constavam de 549.577 detentos, ao tempo que o número de habitantes no país, também dados de 2012, estava no índice de 193.946.886 pessoas. Ou seja, de acordo com cálculos feitos por Catarino Neto, professor de Matemática do Quilombo Ilha, cerca de 0,28% da população brasileira está no xilindró (a cada 351 pessoas que gozam de sua liberdade, uma está presa).
Explicação:
Resposta:
Fazer o dobro do que eles fazem para ter metade do que eles tem…
Escrever sobre qualquer aspecto de como é ser negro no Brasil é falar sobre isso: sobre como temos que fazer mais e mesmo assim nos contentar com menos. Os poucos negros médicos, os poucos empresários, os poucos universitários e os outros incontáveis poucos representantes negros nas mais diversas áreas da sociedade que têm se desdobrado para fazer muito mais do que os outros fazem.
Em um primeiro momento parece uma afirmação radical. Para alguns setores (pessoas da sociedade) é apenas uma falácia ou um mito coisas como racismo, racismo velado e preconceitos em um país multicultural como o Brasil.
Mas vejam bem, o estado brasileiro foi escravista durante mais de 300 anos, (muito mais) quando finalmente demos um passo em direção ao que deveria ser a construção de uma nação que valorizava a sua diversidade, demos um passo para trás (ou encontramos uma forma de maquiar o que já existia). Como demos esse passo para trás?
Simples: nosso estado foi reestruturado por conceitos republicanos excludentes, impôs e estimulou (estimulou que muitos pesquisem sobre Sociedade Eugênica de São Paulo), ao longo da história, conceitos de nacionalidade que determinaram um discurso que não refletia a realidade multicultural do país.
A cultura brasileira, repleta de valores femininos, negros, caboclos, indígenas, definida por um embate de “Eros e Tanathos”, foi pensada durante anos, pelo discurso da democracia racial, mas na prática a manifestação real deste pensamento foi a partir de uma leitura política do homem branco.
Esta mediação da cultura pelo homem branco marginalizou a expressão afrodescendente. Muito frequentemente escuto que o homem perfeito é aquele loiro, alto e de olhos azuis, escuto também que meu cabelo é do tipo cabelo ruim, um homem negro de terno em um shopping só pode fazer parte da equipe de segurança.