o que significa dizer a natureza também causa desastres
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Resposta:
Qual o sentido de se comemorar o aniversário de uma cidade? A resposta fácil é: forjar uma memória seletiva para alimentar boas recordações e festejar muito. Somos um povo que adora festas. Mas é preciso aproveitar o momento também para construir nossas próprias reflexões sobre o presente.
Estamos em meio a um processo de modernização do Rio de Janeiro, há obras por todo lado. Como bem lembra Samyra Crespo, presidente do Jardim Botânico: “É praticamente uma reedição da década do ‘bota abaixo’ de Pereira Passos”. Se ninguém passou ainda pelo túnel 450, na Praça Mauá, sugiro a visita. Não sei se será divertido, talvez sirva para construir uma visão crítica. É muito concreto, pouco verde. Vai escoar o trânsito, garantem os donos da obra. E a gente fica na torcida.
Já que não se dá voz aos cidadãos moradores da cidade para que digam sim ou não à modernização em prol do desenvolvimento, porque seria mesmo muito complexo o processo, vamos sofrendo os revezes, tentando ajudar. Faço minha parte: passo adiante informações que podem ampliar o pensamento e talvez auxiliem cada um a escolher um caminho diferente no futuro, na contramão dos 80% da população que se tornou urbana no nosso país. Por isso aceitei o convite para assistir à segunda edição do “Conversas no Museu do Meio Ambiente” que está pondo em foco o Rio de Janeiro e seus 450 anos.
Acontece sempre na segunda quarta-feira do mês, e na última a professora Margarida de Souza Neves traçou um caminho que ajudou a entender o sentido das comemorações cívicas. Neste site é possível acompanhar as datas dos próximos encontros.
Hoje pela manhã, a conversa girou sobre desastres naturais e ambientais e tomou um rumo diferente para quem, como eu, está mais acostumada a ouvir as queixas legítimas de ambientalistas que vociferam contra o aumento dos eventos extremos causados pelas emissões de carbono. Para Lise Fernanda Sedrez, doutora em História da América Latina pela Stanford University (2005) e editora da “Topoi”, revista de História do Programa de Pós-Graduação em História Social da UFRJ, primeira convidada a palestrar, não há o que se queixar contra chuvas, furacões, vulcões. Como o próprio nome diz, são eventos naturais.
“Chuva caindo não é um desastre. Mas chuva caindo numa cidade de seis milhões de habitantes espremidos em 1.255 quilômetros quadrados com boa parte do terreno impermeabilizado pelo cimento e com áreas desmatadas, sim, é um desastre”, disse ela.
Por sabedoria, para apaziguar pensamentos incômodos que nos deixam impotentes, construímos um raciocínio: tais desastres que causam morte e dor podem servir, ao menos, para que sejam criadas políticas públicas que solucionam o problema.
Explicação:
Resposta:
que o homem causa muitos desastres
e a natureza também se rebelda