o que seria o ARCADISMO ?
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Resposta:
O arcadismo é uma escola literária que surgiu na Europa no século XVIII mais precisamente entre 1756 e 1825, também denominada de setecentismo ou neoclassicismo.
Explicação:
O Arcadismo foi o principal movimento literário do século XVIII. Outros nomes dados ao estilo são Setecentismo ou Neoclassicismo a partir deste último, inclusive, percebe-se a relação do Arcadismo com valores da cultura clássica, ou seja, valores gregos, romanos e renascentistas. Os escritores árcades são conhecidos por oporem-se ao estilo barroco, inspirando-se em preceitos do Iluminismo.
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Resposta:
O Arcadismo foi o principal movimento literário do século XVIII. Outros nomes dados ao estilo são Setecentismo ou Neoclassicismo - a partir deste último, inclusive, percebe-se a relação do Arcadismo com valores da cultura clássica, ou seja, valores gregos, romanos e renascentistas. Os escritores árcades são conhecidos por oporem-se ao estilo barroco, inspirando-se em preceitos do Iluminismo.
Leia mais: Descubra a origem das influências do Arcadismo.
Características
O movimento árcade foi fortemente influenciado pela cultura grega, latina e renascentista. A clareza e a harmonia nos temas e nas formas afastaram das produções literárias a linguagem rebuscada e confusa do Barroco. As antíteses e paradoxos do homem do século XVII passaram a dar lugar ao sujeito racional, que buscava a simplicidade e a racionalidade em suas obras.
Uma das principais características árcades é a herança da cultura clássica (greco-latina e renascentista). Alguns preceitos latinos que inspiraram os escritores árcades são:
Inutilia Truncat: Esse preceito dialoga com a necessidade de “tirar o inútil” da poesia, entendendo-se esse inútil como sendo o excesso de rebuscamento formal do movimento Barroco.
Fugere Urbem: Para os líricos do Arcadismo, a cidade não era o ambiente ideal para viver, pregando-se, portanto, a fuga da urbanidade como meta a ser alcançada.
Locus Amoenus: Atrelado ao fugere urbem, esse preceito afirma que o campo, o ambiente bucólico, é o ideal para o homem.
Carpe Diem: Segundo esse preceito, é necessário aproveitar o presente para contemplar a realidade, sem preocupar-se com o futuro.
Aurea Mediocritas: Segundo essa expressão, o homem mediano é aquele que alcança a felicidade, não se devendo, assim, procurar riquezas e posses em vida.
Além do retorno aos clássicos, o Arcadismo também foi muito influenciado pelo Iluminismo, movimento filosófico que compreendia ser a razão o maior valor humano, e pelo desenvolvimento técnico e tecnológico que modernizou os meios de produção da época e produziu um forte êxodo rural e expansão urbana.
Explicação:
se que nessa época, século XVII, a Contrarreforma havia restaurado vários valores medievais no mundo), o Arcadismo apresenta um sujeito fiel à razão, crente na ciência. Além disso, vale dizer que linguagem do Barroco era rebuscada e cheia de paradoxos, enquanto, no Arcadismo, comunica-se com mais clareza e simplicidade.
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Principais autores do Arcadismo no Brasil e em Portugal
O Arcadismo desenvolveu-se tanto no Brasil quanto em Portugal. Os principais autores são:
Bocage
Cláudio Manuel da Costa
Tomás Antônio Gonzaga
Santa Rita Durão
Basílio da Gama
Veja, a seguir, trechos de poemas árcades:
Camões, grande Camões, quão semelhante
Camões, grande Camões, quão semelhante
Acho teu fado ao meu, quando os cotejo!
Igual causa nos fez, perdendo o Tejo,
Arrostar co'o sacrílego gigante;
Como tu, junto ao Ganges sussurrante,
Da penúria cruel no horror me vejo;
Como tu, gostos vãos, que em vão desejo,
Também carpindo estou, saudoso amante.
Ludíbrio, como tu, da Sorte dura
Meu fim demando ao Céu, pela certeza
De que só terei paz na sepultura.
Modelo meu tu és, mas... oh, tristeza!...
Se te imito nos transes da Ventura,
Não te imito nos dons da Natureza.
Bocage
Nesse poema, percebemos que o sujeito lírico dialoga com o poeta renascentista Luís de Camões. É como se o escritor de Os lusíadas fosse uma espécie de mestre para o eu lírico, demonstrando clara valorização da cultura do classicismo.
Lira I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
Eu vi o meu semblante numa fonte,
Dos anos inda não está cortado:
Os pastores, que habitam este monte,
Com tal destreza toco a sanfoninha,
Que inveja até me tem o próprio Alceste:
Ao som dela concerto a voz celeste;
Nem canto letra, que não seja minha,
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
[...]