O que se entende por pedagogia sócio-cultural?
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Resposta:
Segundo Paulo Freire, o homem é o sujeito da educação. Evidencia-se uma tendência interacionista, já que há interação homem-mundo, sujeito-objeto, é imprescindível para que o ser humano se desenvolva e se torne sujeito de sua práxis. O homem chegara a ser sujeito através da reflexão sobre o meio ambiente concreto. O homem é um ser situado no mundo e com o mundo, portanto não pode ser avaliado sem que seu contexto de inserção no mundo seja avaliado. Sociedade-Cultura: O homem cria a cultura na medida que vem se integrando nas condições de seu contexto de vida. A história consiste nas respostas dadas pelo homem à natureza, aos outros homens, às estruturas sociais, e na sua tentativa de ser progressivamente cada vez mais o sujeito de sua práxis, ao responder aos desafios de seu contexto. Conhecimento: A elaboração e o desenvolvimento do conhecimento estão ligados ao processo de conscientização. Educação: O homem nessa abordagem é o sujeito da educação pois ela se dá através da reflexão sobre o homem e pela análise do meio de vida desse homem concreto. O homem não participara ativamente da história, da sociedade, da transformação da realidade, se não tiver condições de tomar consciência da realidade e, mais ainda da sua própria capacidade de transformá-la. A educação se dá enquanto processo, em um contexto que deve necessariamente ser levado em consideração. Nessa abordagem a educação é um fator de suma importância na passagem das informações mais primitivas de consciência para a consciência crítica, que por sua vez não é um produto acabado, mas um vir-a-ser contínuo. Escola: Para Paulo Freire, a educação assume carácter amplo, não restrita à escola em si e nem em um processo de educação formal. Caso a escola seja considerada, deve ser ela um local onde seja possível o crescimento mútuo, do professor e dos alunos, no processo de conscientização , o que implica uma escola diferente da que se tem atualmente, com seus currículos e prioridades. Ensino-Aprendizagem: Uma situação de ensino-aprendizagem, entendida em seu sentido global, deverá procurar a superação da relação opressor-oprimido. Professor-Aluno: A relação professor-aluno é horizontal e não imposta. Para que o processo educacional seja real é necessário que o educador se torne educando e o educado por sua vez , educador. O homem assumirá posição de sujeito de sua própria educação e, para que isto ocorra, deverá estar conscientizado do processo: é portanto, muito difícil pretender participar de um processo educativo que por sua vez, é processo de conscientização, a menos que seja consciente de si e de tal processo. Um professor que esteja engajado numa prática transformadora procurará desmistificar e questionar, com o aluno, a cultura dominante, valorizando a linguagem e cultura deste, criando condições para que cada um deles analise seu contexto e produza cultura. O professor procurará criar condições para que, juntamente com os alunos a consciência ingênua seja superada e que estes possam perceber as contradições da sociedade e grupos em que vivem. Haverá preocupação com cada aluno em si, com o processo e não com produtos de aprendizagem acadêmica padronizados. Metodologia: Tema Gerador que objetiva explicitar o pensamento do homem sobre a realidade e a sua ação sobre ela, o que constitui a práxis. Características básicas: ser ativo; dialógico; e crítico; criar um conteúdo programático próprio, e usar técnicas tais como redução e codificação. Avaliação: A avaliação do processo consiste na autoavaliação e/ou avaliação mútua e permanente da prática educativa por professor e alunos. Qualquer processo formal de notas, exames, etc. Deixa de ter sentido em tal abordagem. No processo de avaliação proposto tanto alunos como professores saberão quais as dificuldades e quais os progressos.