O que são unidades de conservação e qual é sua importancia para a questão ambiental no país?
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As unidades de conservação ambiental são espaços geralmente formados por áreas contínuas, institucionalizados com o objetivo de preservar e conservar a flora, a fauna, os recursos hídricos, as características geológicas, culturais, as belezas naturais, recuperar ecossistemas degradados, promover o desenvolvimento sustentável, entre outros fatores que contribuem para a preservação ambiental.
A criação dessas unidades de conservação é de fundamental importância para a preservação dos ecossistemas, proporcionado pesquisas científicas, manejo e educação ambiental na busca pela conservação do meio ambiente.
Atualmente o Brasil possui 728 unidades de conservação, sendo que existem diferentes tipos de unidades, cada uma recebendo classificação de acordo com suas características e objetivos a serem atingidos. Essas unidades podem ser destinadas à exploração sustentável de recursos naturais, preservação total do ecossistema, realização de pesquisas, visitação para promover a educação ambiental etc.
Elas são classificadas como: Parques Nacionais, Reservas Biológicas, Reservas Ecológicas, Estações Ecológicas, Áreas de Proteção Ambiental, Áreas de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Refúgio de Vida Silvestre, Reserva da Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio Natural.
Parque Nacional – Áreas que apresentam características naturais destinadas a pesquisas científicas e educação ambiental;
Reserva Biológica – Unidade de conservação destinada a abrigo de espécies da fauna e da flora com importante significado científico;
Reserva Ecológica – Área de conservação permanente, que objetiva a proteção e a manutenção de ecossistemas;
Estação Ecológica – Espaços destinados à realização de pesquisas básicas aplicadas à proteção do ambiente natural e ao desenvolvimento da educação ambiental;
Áreas de Proteção Ambiental – Unidade de conservação destinada ao desenvolvimento sustentável, sendo que em algumas áreas é permitido o desenvolvimento de atividades econômicas, desde que haja a proteção da fauna, da flora e da qualidade de vida da população local;
Área de Relevante Interesse Ecológico – Área que abriga espécies raras da fauna e flora e que possui grande biodiversidade;
Floresta Nacional – Unidade de conservação estabelecida para garantir a proteção dos recursos naturais, sítios arqueológicos, desenvolvimento de pesquisas científicas, lazer, turismo e educação ambiental;
Reserva Extrativista – Espaço utilizado por populações locais que realizam o extrativismo vegetal e/ou mineral. Essa unidade de conservação objetiva a realização da atividade econômica de forma sustentável;
Refúgio de Vida Silvestre – Área destinada à proteção dos ambientes naturais para a reprodução de espécies da flora local e da fauna migratória;
Reserva da Fauna - Área destinada ao estudo sobre o manejo econômico e sustentável das espécies nativas;
Reserva de Desenvolvimento Sustentável - Visa à preservação da natureza de modo que a qualidade de vida das populações tradicionais seja assegurada;
Reserva Particular do Patrimônio Natural - Área privada que tem por objetivo conservar a diversidade biológica.
Resposta:
A biodiversidade garante a vida. A produtividade dos ecossistemas, a manutenção de ciclos como das águas e de nutrientes, bem como locais de refúgio de inimigos naturais de muitos insetos ou polinizadores se encontram em habitats preservados.
Explicação:
A nossa identidade cultural também está ali preservada. Potenciais
fármacos e importante fonte de nutrientes, bem como diversidade que permite o melhoramento de nossas
plantas cultivadas se encontram dispersos na natureza. A perda da biodiversidade vem ocorrendo
rapidamente. Estima-se que essa perda seja mil vezes superior à taxa natural (ou seja, se não fosse pelo
homem, teríamos 1.000 vezes mais florestas!! Isso tem um preço e nós estamos pagando agora mesmo...).
Ações como fragmentação de habitats e destruição dos mesmos têm causado o declínio de várias espécies,
colocando-as em risco de extinção. A manutenção de refúgios para a biodiversidade é a melhor opção para
auxiliar o combate à perda da biodiversidade. Dessa forma, a proteção de áreas de preservação
permanente ao longo de cursos d'água e a reserva legal em propriedades contribuem para a manutenção
da biodiversidade. As áreas de preservação permanente (APP) e reserva legal (RL) estão previstas no Código
Florestal Brasileiro (Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965) que define: Área de preservação permanente:
área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o
solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. Reserva legal: área localizada no interior de uma
propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos
recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e
ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas. Sendo assim, as APP’s basicamente evitam a erosão de
terrenos declivosos e a eutrofização e assoreamento dos rios, asseguram os recursos hídricos, propiciam
fluxo gênico, e prestam assim serviços ambientais capitais. Já as RL visam essencialmente à conservação da
biodiversidade e ao uso sustentável de recursos naturais. Tais mecanismos contribuem para a manutenção
da biodiversidade e dos serviços ambientais por ela providos.