O que são questões militares e questões religiosas ?
Soluções para a tarefa
- QUESTÃO RELIGIOSA: O Segundo Reinado começou a ser abandonado pela Igreja, que se insurgiu contra a submissão ao Estado através do padroado, pois a Igreja proibiu padres maçons (pertencentes a seita da Maçonaria) ;
- QUESTÃO MILITAR:pelo Exército, que não aceitava mais ficar relegado, pelo governo, a segundo plano, em face a importância que adquiria depois da Guerra do Paraguai. Tal insatisfação eclodiria de uma vez em 1884, com a revolta de importantes chefes do Exército,como Deodoro da Fonseca, em face ao descaso de político e ministros conservadores àquela instituição.
Ou seja, as duas instituições fortes (Igreja Católica e Exército) deixaram de dar apoio ao governo monárquico de D.Pedro II, o que só fez com que este se enfraquecesse cada vez mais.
Militar= Após a guerra do Paraguai, o Exército brasileiro se fortaleceu, pois até então o seu exercício
era insignificante, se comparado a Guarda Nacional. A partir daí, o setor militar brasileiro se tornou mais
organizado e moderno.
Contudo, politicamente, o Exército não tinha grandes prestígios, o que deixava os oficiais insatisfeitos. O
clima tenso entre os militares e civis, conhecidos como “fardas” e “casacas”, respectivamente, aumentava
cada vez mais. E assim, começaram a ocorrer alguns incidentes, expandindo as questões militares.
A primeira questão ocorreu quando o Coronel Sena Madureira declarou-se publicamente através da
imprensa, contra a reforma do Montepio Militar, e considerando que atitudes como esta eram proibidas aos
militares, este foi repreendido pelo Ministério da Guerra.
A segunda questão está relacionada à prisão de Sena Madureira, que recebeu com muita honra na Escola de
Tiro do Campo Grande, o Cearense Francisco Nascimento, um jangadeiro que impedia o embarque de
escravos de Fortaleza para o Sul, e veio para o Rio de Janeiro para participar de um comício a favor da
abolição. Como Madureira prestigiou a chegada do jangadeiro, o governo imperial sentiu-se ofendido e
ordenou a demissão do coronel da Escola de Tiro, bem como a sua prisão. Esse fato causou a revolta de
outros militares, que ao fazerem seus manifestos também foram detidos.
A terceira questão partiu de uma inspeção de rotina feita pelo Coronel Cunha Matos em Piauí, onde foi
descoberto o extravio de fardamentos, e negociatas com o salário dos militares. Após descobrir a corrupção,
Cunha pediu o afastamento do oficial responsável, e foi acusado de ter agido sem dignidade. Para se
defender, Cunha desobedeceu a lei e se manifestou publicamente, através da imprensa, por isso foi punido,
ficando preso por 48 horas. Com isso, um novo conflito é iniciado. Cunha recebeu o apoio do marechal
Deodoro da Fonseca, que não suspendeu a prisão dos militares que estavam sobre o seu domínio.
Diante de uma situação irreversível e temendo uma revolta militar, o governo imperial suspendeu as penas
estabelecidas e libertou os militares presos. A participação dos militares nos combates políticos foi uma fase
evidente da queda do Império.
b) Questão Religiosa = Na monarquia brasileira a Igreja e o Estado estavam associados pelo padroado que
instituía o catolicismo como a religião oficial do Brasil e os padres e bispos eram trabalhadores públicos,
pagos pelo Estado; e pelo beneplácito, que determinava que os bispos escolhidos pelo papa só seriam
efetivados no cargo mediante a aprovação de Dom Pedro II.
Logo a relação entre o Estado e a Igreja começou a se agravar. Em1864, ano em que a Europa sofria com os
conflitos entre maçons e católicos, o papa decretou a proibição da relação entre o clero e a maçonaria, mas
como o conflito só estava atingindo a Europa, o decreto do papa não refletiu muito no Brasil.
Porém, em 1872 tornou-se evidente a Questão Religiosa, quando os bispos D. Vital de Oliveira (Olinda) e D.
Antônio de Macedo (Belém do Pará), declararam que todas as irmandades de suas dioceses que não
excetuassem os seus integrantes maçons seriam interditadas.
No entanto, a maçonaria tinha grande importância social para o governo imperial, que interpôs a sua
autoridade, e como conseqüência os bispos foram condenados a 4 anos de prisão com trabalho forçado. Em
1875, o primeiro-ministro Duque de Caxias entrou com um pedido de anistia para os bispos condenados, que
foi concedido pelo Imperador.
A Questão Religiosa deixou o governo politicamente destruído, e com isso grande parte da população ficou a
favor da dissociação do Estado e da Igreja, fortalecendo ainda mais os republicanos.