o que sao paises de automaçao e sua contribuiçao social?
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Resposta:
Primeiramente, devemos deixar claro o que entendemos por automação. A automação, para nós, é uma mudança na filosofia da produção, como foi dito por John Diebold, um dos primeiros autores a falar sobre ela nos EUA. "Com a automação -creio que este seja talvez o sentido fundamental da automação -estamos começando a ver nosso processo industrial como sistemas completos e integrados, desde a introdução da matéria-prima até ao acabamento no produto final. Este pode ser um produto físico ou (num processo comercial) uma informação."(1)
Neste sentido, a automação gera a necessidade de mudanças profundas no processo de produção (mudança de lay-out, do desenho do produto, de processos a fim de se permitir a integração), ou seja, com a automação ocorre uma transformação de toda a produção.
Além disso, a automação também permite o aparecimento de novos produtos, como por exemplo, as centrais nucleares, pois ninguém poderia controlar a temperatura tão sensível, dentro da parte central de um reator. Num sentido mais específico, poderíamos definir a automação como sendo: "toda operação contínua e integrada de um sistema racionalizado de produção que utiliza equipamentos eletrônicos, ou de outro tipo, para regular e coordenar a qualidade e a quantidade da produção"(2).
Cabe aqui ressaltar que, com os avanços da microeletrônica, permitindo a miniaturização dos componentes elétricos, houve uma redução significativa nos custos de processamento das informações, propiciando o aparecimento, basicamente, de quatro tipos de inovações, que permitiram o desenvolvimento e a expansão da automação. Essas quatro inovações, consideradas por nós, neste trabalho, são: os robôs, as máquinas-ferramenta com controle numérico (MFCN), os microcomputadores e os equipamentos CAD-CAM (CAD-Computer Aided Design e CAM-Computer Aided Manufacturing).
Os robôs permitem a substituição da mão-deobra de maneira eficiente, pois não possuem barreiras no que diz respeito à resistência física no seu trabalho. Além disso, eles adicionam uma maior flexibilidade ao capital fixo da empresa e geram um aumento na qualidade do produto.
As MFCN proporcionam um aumento na produtividade, economizam tempo de maquinaria, proporcionam a fabricação de novos produtos, mais complexos, além de possibilitarem o processamento em pequenos lotes de forma mais automatizada. Somada a todos esses fatores, temos a dispensa da intervenção de oficiais mecânicos, uma mão-de-obra altamente qualificada, que era necessária para operar as máquinas-ferramenta universais.
Os computadores, seus terminais, bem como os microcomputadores viabilizam, basicamente, a automação dos escritórios, também conhecida como burótica, através dos processadores de texto, planilhas eletrônicas, sintetizadores de voz, a automação bancária e do comércio, através da simplificação de operações rotineiras e padronizadas.
Finalmente, os equipamentos CAD-CAM representam "a aplicação integrada da tecnologia computadorizada na engenharia e na produção, a partir de uma base de dados comum para peças, produtos e informações relacionadas, tornando mais fácil a transformação de uma idéia criativa em um produto final, a custos reduzidos. O CAD permite definir a forma de uma peça, analisar tensões mecânicas e outros fatores (...). Combinando CAD com o sistema CAM, o usuário pode manipular dados não-gráficos, tais como listas de materiais, custos e outros"(3).
Como funções do CAD temos: elaboração do projeto e sua modelação geométrica, análise de engenharia, desenho e cinemática. E como funções do CAM, podemos citar: projeto de ferramentas, o controle das máquinas, o planejamento de processos e de materiais, robótica e a administração da unidade fabril.
A partir do CAD-CAM, foi possível o desenvolvimento do ICAM (Integrated Computer Aided Manufacturing), cujo objetivo último é a aplicação de um sistema de fabricação integrado numa unidade produtiva completamente automatizada.
Todas essas inovações fazem com que nenhuma "face" da economia seja deixada para trás, sem ser alterada pois, tanto na esfera da produção, como na esfera da circulação, as mudanças geradas pela automação atuam, basicamente, nos padrões de qualificação e na produtividade do trabalho e dessa forma, inserem na economia, seja a nível nacional ou mundial, os novos padrões de concorrência capitalista.
A flexibilidade que a nova tecnologia proporciona é importantíssima para minorar o desequilíbrio entre ritmos de trabalho das diversas partes da produção e o tempo de engajamento das peças nas máquinas: "com melhor equilíbrio proporcionado à linha de produção e com melhor taxa de utilização das máquinas, os tempos mortos em que o Capital (Fixo e Circulante) está-se desvalorizando inutilmente, tendem a ser reduzidos de maneira