Geografia, perguntado por kaahsilva5, 1 ano atrás

o que sao as terras pretas de indio?

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Respondido por HinataUzumaki1
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A biodiversidade e as riquezas que caracterizam a Floresta Amazônica sempre atraíram os olhares do mundo. Mais recentemente, a ciência internacional tem se interessado por um patrimônio histórico que está relacionado aos povos que habitaram a região no passado: a Terra Preta de Índio (TPI). Pesquisadores estrangeiros da Europa, Ásia, África e América – que participaram em maio do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima, em Manaus – tiveram a oportunidade de conhecer o solo, durante visita realizada ao campo experimental Caldeirão, da Embrapa Amazônia Ocidental, no município de Iranduba (AM).

O pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Aleksander Westphal Muniz, explicou ao grupo alguns dos detalhes já conhecidos sobre a Terra Preta de Índio (TPI), como as características de acúmulo de matéria orgânica e a fertilidade inerente ao solo. As TPIs são manchas de solo escuro encontradas na Bacia Amazônica e que podem variar de áreas menores, de cerca de um hectare, até extensões com mais de cem hectares.

Em uma escavação realizada em uma área do campo experimental, os visitantes puderam visualizar com clareza a coloração da terra, que se mantém mais escura até uma profundidade que varia de 30 centímetros a um metro, aproximadamente. Os solos são caracterizados pela ampla disponibilidade de nutrientes como cálcio, magnésio, zinco, manganês, fósforo e carbono. As áreas de TPI fazem um contraponto à maioria dos solos da região amazônica, que apresentam a coloração amarelada, baixa fertilidade e acidez – condições desfavoráveis à agricultura.

Neste contexto, a Embrapa, juntamente com outras instituições, busca conhecer melhor as características físicas e químicas da Terra Preta de Índio, assim como seu processo de formação e evolução. Uma dos objetivos deste esforço é tentar reproduzir estas particularidades, especialmente as relacionadas à fertilidade, como forma de usar as informações no âmbito da agricultura. "A nossa ideia é que, se isso puder ser replicado de alguma forma, nós podemos melhorar os solos no Brasil e diminuir as emissões de carbono", explicou o pesquisador Aleksander Muniz durante a visita.

A comitiva foi formada por pesquisadores da Alemanha, Canadá, Estônia, Senegal, Japão, Indonésia, Suécia e Holanda. Também participou da visita a pesquisadora brasileira do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Françoise Yoko Ishida. O alemão Christoph Mueller, que possui pós-doutorado em ciência do solo e atua como professor da Universidade Justus-Liebig Giessen, da Alemanha, participou do roteiro. Ele integra projeto relacionado à dinâmica de nitrogênio (N) em Terra Preta de Índio na Amazônia Ocidental, liderado pelo pesquisador da Embrapa, Aleksander Muniz.

O projeto sobre dinâmica de N em TPI visa elucidar como ocorrem as transformações do nitrogênio nesse solo. "Isso é importante, porque 55% do N que entra no ciclo terrestre é utilizado em culturas agrícolas, enquanto o restante é perdido em processos de lixiviação, erosão e emissão de gases no solo. Entre esses gases destaca-se o óxido nitroso, que é um gás de efeito estufa. Esse gás destrói o ozônio estratosférico e tem um grande impacto no aquecimento global, pois é 316 vezes mais reativo que o CO2", destacou Muniz.

Roteiro

O roteiro dos pesquisadores estrangeiros ainda contou com visita, também no campo experimental do Caldeirão, a uma área de Terra Mulata, solo que possui elementos semelhantes à Terra Preta de Índio. O itinerário foi encerrado com uma visita à Reserva Ducke, do Inpa, em Manaus.

Participantes

Além de Christoph Mueller, também participaram da visita os seguintes pesquisadores/professores: o alemão John Couwenberg, da Universidade Greifswald da Alemanha; o sueco Leif Klemedtsson, da Universidade de Gotemburgo da Suécia; o canadense David Paré, do Instituto de Recursos Naturais do Canadá; o indonésio Gusti Anshari, da Universidade de Tanjungpura da Indonésia; o holandês Hans Joosten, da Universidade Greifswald da Alemanha; o estoniano Ülo Mander, da Universidade de Tartu da Estônia; o senegalês Papa Mawade Wade, da Organização Wetlands International Africa; e o japonês Mitsuru

kaahsilva5: e tudo isso??
HinataUzumaki1: coloca só o q vc achar interessante ;)
kaahsilva5: ah valeu
HinataUzumaki1: :)
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