O que são as teorias da administração? qual a sua importância para os
profissionais de administração?
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Resposta:
Até o início do século XX, a administração evoluiu a pequenos passos e de forma muito lenta. O surgimento e a consolidação da economia capitalista industrial ocorreu de forma bem gradual. Iniciou-se com o declínio das bases do sistema feudal, seguido do surgimento da produção de manufaturas e das corporações de ofício que gerou uma consequente emergência da burguesia mercantil como classe dominante e a consolidação do Estado Absolutista apoiado por ela. Percebendo que o poder real e absoluto dos monarcas emperrava seu crescimento, essa mesma burguesia passou a defender teorias do liberalismo econômico e até conseguir consolidar seu poder.
Progressivamente, as corporações de ofício passaram a ser substituídas pelo trabalho assalariado entre os séculos XVI e XVIII. Foi somente após uma maior modernização da sociedade através da Revolução Industrial que o pensamento administrativo teve início.
Foi nesse contexto entre os séculos XIX e XX que os Estados Unidos se tornaram a principal potência industrial do planeta. Simultaneamente, tornaram-se o berço para o surgimento uma das primeiras Teorias da Administração: a Administração Científica (Taylorismo).
As Teorias da Administração podem ser agrupadas segundo suas ênfases (nas tarefas, na estrutura, nas pessoas, no ambiente e na tecnologia). É importante destacar que as teorias não são contrárias umas às outras, mas antes, se complementam. Pode haver uma crítica aos conceitos defendidos por uma teoria anterior. No entanto, essa crítica vai gerar o desenvolvimento de proposições mais complexas, mas que ainda integram muito o defendido anteriormente, porém de forma mais aperfeiçoada.
Podemos citar como principais teorias administrativas:
Administração Científica (Taylorismo): com ênfase nas tarefas, buscava a racionalização do trabalho no nível operacional, ou seja, o foco era no empregado. Apesar de apresentar como vantagens a produtividade e a eficiência, não levava em consideração as necessidades sociais dos funcionários.
Teoria Burocrática (Weber): com ênfase na estrutura, tinha como objetivo a racionalidade organizacional e a organização formal (baseada em regras e normas). Focava na organização inteira. Apresentava muita rigidez e lentidão, apesar de ter como vantagens a consistência e a eficiência.
Teoria Clássica (Fayol): também apresentava ênfase na estrutura. No entanto, o foco estava no gerente (visão de cima para baixo). Defendia o planejamento como uma das funções principais do administrador, o qual teve a profissionalização de seu papel como gerente.
Teoria das Relações Humanas: como o próprio nome já indica, sua ênfase estava nas pessoas. Iniciada a partir da experiência de Hawthorne (análise das relações da produtividade com a iluminação da fábrica de equipamentos eletrônicos de Hawthorne), defendia um enfoque na organização informal, na comunicação, liderança, motivação e dinâmicas de grupo.
Teoria Estruturalista: apresenta ênfase tanto na estrutura como no ambiente. Sendo assim, ela tem uma abordagem plural que observa a organização, tanto no seu aspecto formal quanto informal, e também o ambiente e como a organização interage e aprende com ele.
Teoria Neoclássica: ênfase na estrutura. Sustenta-se na prática da Administração, na reafirmação dos princípios da Teoria Clássica e gerais da Administração, porém de forma redimensionada.
Teoria Comportamental: ênfase nas pessoas. Apresenta um enfoque behavorista. Apesar dela ser decorrente da Teoria das Relações Humanas, ela oferece uma visão do comportamento inserido no contexto organizacional.
Teoria Contingencial: ênfase no ambiente e na tecnologia. Defende tanto que não há uma melhor maneira de organizar, como também que uma forma de organizar pode não ser eficaz da mesma forma em todas as situações.
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