O que representa o pré-modernismo na leitura brasileira?
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O pré-modernismo representa, na literatura brasileira, um período de transição, já que, de um lado, ainda se faziam fortes as tendências artísticas do realismo, do naturalismo, do simbolismo e do parnasianismo, movimentos iniciados na segunda metade do século XIX, e, de outro lado, já se faziam presentes escritores e artistas que apresentavam em suas obras os indícios do que viria a resultar na Semana de Arte Moderna de 1922.
Características do pré-modernismo brasileiro
Os autores do pré-modernismo brasileiro, apesar de apresentarem, em seus romances, traços característicos do realismo e do naturalismo e, em suas poesias, elementos do simbolismo, fizeram sobressaírem-se dois aspectos como marcas típicas do movimento em questão: a abordagem da realidade brasileira e o uso da linguagem.
- Abordagem da realidade brasileira: os escritores do pré-modernismo preocupavam-se com assuntos ligados ao cotidiano dos brasileiros, ou seja, interessava a eles o dia a dia da população, o que resultava em obras de caráter social. Há que se ressaltar que no realismo e no naturalismo também interessava a seus autores a realidade, porém a que era almejada no século XIX dizia respeito ao real universal intimamente ligado ao homem, ou seja, à realidade inerente a todo ser humano.
- O uso da linguagem: os autores pré-modernistas buscaram a construção de uma linguagem simples e coloquial, o que será a principal bandeira estética do modernismo de 1922. Dos autores pré-modernistas, Lima Barreto (1881-1922) foi o que mais se destacou nessa tentativa de escrever obras em uma linguagem acessível, próxima à oralidade corrente no país. Essa tentativa do autor de Triste fim de Policarpo Quaresma (1915) de escrever em uma linguagem simples, muitas vezes alheia às normas do português padrão, resultou em críticas no período em que ele escreveu, principalmente vindas de intelectuais e autores parnasianos.
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