História, perguntado por luizaramirez, 4 meses atrás

o que prejudicou de forma mais significativa as classes populares do brasil?​

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Respondido por ingridSantssNeris
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Resposta:

No texto Desigualdades regionais no sistema educacional brasileiro, apresentado no seminário “Desigualdade e Pobreza no Brasil”, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) de 12 a 14 de agosto de 1991, a autora Maria Helena Guimarães de Castro[1], analisa as principais características das desigualdades regionais no sistema educacional brasileiro que enfatizam as diferenças sociais e econômicas entre as regiões mais ricas (Sul e Sudeste) e as menos desenvolvidas do país (Norte e Nordeste). Segundo Castro, na década de 90 o Brasil intensifica o esforço de universalização do ensino fundamental objetivando combater o alto índice de analfabetismo. Conforme a autora:

Essa política promoveu um declínio mais acelerado do analfabetismo nos grupos etários mais jovens, imprimindo-lhe um forte viés geracional. Por outro lado, desenhou-se uma clara tendência de regionalização do analfabetismo e de sua concentração nas regiões Norte e Nordeste, nas áreas rurais de todo o país e nas periferias dos grandes centros urbanos. (CASTRO, 1999, p. 428).

De acordo com a autora, as regiões Sul e Sudeste retratam bem, na década de 90, o vigoroso impacto da universalização do ensino fundamental na erradicação do analfabetismo jovem, reduzindo-o a taxas inferiores a 3% na população até 24 anos (PNAD, 1996). Contudo, este processo não ocorre simultaneamente e no mesmo ritmo nas demais regiões, a autora tece algumas considerações a respeito:

Situação distinta é observada no Nordeste, que somente nos últimos quatro anos conseguiu lograr importantes avanços na ampliação da cobertura escolar de sete a 14 anos. Cabe notar, no entanto, que, embora ainda mantenha taxas de analfabetismo extremamente elevadas em todas as faixas etárias, o Nordeste também vem apresentando uma rápida redução do analfabetismo na população de 15 a 24 anos. Esta tendência deverá se acentuar na próxima década, refletindo mais intensamente a universalização do acesso ao ensino fundamental alcançada na segunda metade da década de 90, especialmente em decorrência das políticas implementadas, como o Fundef e o Projeto Nordeste de Educação Básica. Quando a situação do Nordeste é contrastada com os indicadores de analfabetismo do Sul e Sudeste, constata-se que na década de 90 houve um alargamento dos desníveis que eram observados no início da década de 80.

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