O que pode causar sobre o uso excessivo de suplementos alimentares ??
Soluções para a tarefa
Efeitos fisiológicos
Vários autores relatam os efeitos dos suplementos alimentares. Para Longenecker (1998), por exemplo, o crescimento dos ossos, na puberdade, pode ser interrompido pelo uso indiscriminado de suplementos, chegando até a atrofiar o crescimento.
Seu uso é perigoso em crianças, por causa do seu efeito virilizante. Podem causar retenção de sódio, carcinoma da próstata (Goth, 1975).
Depois da puberdade, podem causar esterilidade, desinteresse sexual, icterícia obstrutiva (sobrecarga hepática).
Longenecker (1998) afirma que “os suplementos podem produzir efeitos adversos em todos os sistemas do corpo. A maior quantidade de secreção oleosa pode contribuir para o surgimento de seborréia e acne, que podem ser graves e deixar marcas na pele. A inibição da divisão das células pode enfraquecer estruturalmente a pele, provocando estrias ou marcas de estriamento. O risco de doenças cardiovasculares pode aumentar devido à diminuição da proporção entre o colesterol HDL e o LDL. A hipertrofia do coração (ventrículo direito e esquerdo) pode ocorrer como efeito direto ou secundário do acúmulo de fluidos e/ou aumento da pressão. Ataques cardíacos e também de derrames”.
Efeitos psicológicos
Pesquisas da AAOS indicam que os suplementos em excesso podem causar agressividade, mudanças de personalidade, inclusive podendo se tornar passíveis ao vírus HIV (devido à fragilidade do sistema imunológico), pois em alguns casos são utilizados através de seringas. Outros sintomas são a sensação de euforia (bem estar), depressão, agitação e insônia.
Efeitos nutricionais
Em vez de lançar mão do uso de suplementos alimentares, os atletas poderiam simplesmente se alimentar melhor. Para ganhar massa muscular é preciso ter potencial genético e usa-lo com exercícios. Para atletas, nada melhor que uma alimentação balanceada. Apenas 30 gramas de frango contém 7 gramas de aminoácidos, o que corresponde a um frasco de cápsulas deste suplemento. Segundo pesquisas realizadas há alguns anos pelo professor de Educação Física, Carlos Alberto Anaruma, do Instituto de Biociências da Unesp de Rio Claro, foi constatado que os suplementos alimentares têm efeitos danosos à saúde. Por isso, não deveriam ser vendidos em farmácias e outros estabelecimentos, sem critério algum.
Na pesquisa realizada, o professor teve como objetivo traçar o perfil dos usuários de suplementos alimentares, além de identificar o grau de conhecimento desses consumidores sobre esses produtos. O trabalho mostrou que a maioria dos entrevistados desconhece seus efeitos prejudiciais à saúde.
Alguns efeitos devastadores desses suplementos são: sobrecarga hepática, câncer, queda de cabelo, impotência sexual, excesso de proteínas no sangue, problemas respiratórios após os exercícios físicos, colesterol elevado, lesão no fígado, insônia, desequilíbrio hormonal, hipertrofia muscular, lesões nas articulações, problemas renais, problemas cardíacos, hipo ou hiperglicemia, coma e morte (um atleta pode morrer em campo se ingerir em excesso esses suplementos, vítima de infarto, por exemplo). Esses suplementos alimentares, por lei, só podem ser vendidos com prescrição médica e somente em casos especiais analisados por profissionais especializados.
Os compostos de aminoácidos e vitaminas, segundo o doutor Victor Matsudo, do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs), geralmente são ingeridos sem necessidade, pois as quantidades produzidas pelo organismo são suficientes para uma vida saudável.
O excesso pode levar a enjôos e problemas gastrointestinais. O abuso de carboidratos, por exemplo, provoca até cálculos renais.
O suplemento mais utilizado e mais comentado é a creatina, um tipo de aminoácido produzido pelo fígado, rins e pâncreas que ajuda a fornecer combustível para os músculos.
Cerca de 33% dos suplementos comercializados são contaminados com substâncias proibidas, e isso pode acarretar problemas à saúde como câncer, distúrbios hormonais e psicológicos.
Além de danificar o fígado, rins, intestino, causar problemas renais e também hepáticos, por conta de altas doses.