O que os títulos das músicas querem dizer? "1. Eu na verdade não sei quem eu sou
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Resposta:
Se você curte música no Spotify ou assiste clipes no Youtube, já deve ter visto esse termo várias e várias vezes.
De forma direta, ft ou feat são a abreviação de "featuring" que vem do inglês "feature" que quer dizer atributo, característica, especialidade. Quando vimos ft ou feat em títulos de músicas, quer dizer: "com a participação de" ou "estrelando". De forma prática, o termo é usado quando um artista faz parceria com outro artista. Ou seja, o "Feat" nada mais é do que a já conhecida "participação especial".
A possibilidade de lançar músicas que consigam unir o tráfego e a audiência dos participantes e a necessidade de ampliar a visibilidade de um artista para além do seu gênero, tornou o "feat" uma excelente oportunidade crescimento. Então vimos a ascenção de algo que chamamos de "fenômeno dos Feat's", o que em bom português seria o "fenômeno das participações especiais" (vamos dar alguns exemplos no final deste texto).
Entenda também as palavras "importadas" single e playlist
De uns tempos para cá temos acompanhado de perto as mudanças na forma de consumir música. A popularização dos aplicativos de streaming criou hábitos novos e hoje, com um simples toque em um ícone em nosso smartphone, temos acesso a todo um catálogo que tem sido distribuído nas plataformas digitais.
Acontece que essa facilidade de ouvir (e distribuir) música gerou uma demanda de lançamentos que é difícil de acompanhar e, paralelo a isso, várias estratégias foram criadas para que um single tenha uma exposição maior - uma das estratégias foi citada acima, que é a participação especial (feat).
Por falar nisso, "single" também é um termo "gringo" utilizado para descrever o lançamento de uma música única, de forma isolada. Diferente do que era um lançamento de um "CD" antigamente, que tinha várias músicas.
Com o advento de novas tecnologias e novos meios de comunicação e informação, em que se consome música on-line, uma funcionalidade que se tornou indispensável são as "listas de reprodução", também conhecidas como playlists, pois através delas um single (olha aqui termo de novo) passa a ter uma exposição maior e uma demanda de interesse mais relevante.
Exemplos de "feats"
Para exemplicar, observemos alguns "feats" lançados recentemente no mercado gospel. Temos encontros realizados entre artistas da mesma gravadora, como por exemplo o Projeto MK 30 anos que reuniu um repertório com sucessos do catálogo da gravadora interpretados em duetos pelo cast da casa.
Um "feat" entre artistas de gravadoras diferentes que podemos destacar aqui é o encontro de Isadora Pompeo (Musile) com Marcela Taís (Sony Music) que é o vídeo mais assistido da canal da Musile com 112 milhões de visualizações.
Temos também o Feat realizado entre artistas de segmentos diferentes como Davi Sacer (Som Livre) com Simone (cantora sertaneja da dupla Simone e Simaria) com mais de 129 milhões de views ou Ton Carfi (Som Livre) com MC Livinho (cantor representando do funk) com mais de 50 milhões de views.
E as participações não param! Toda semana vemos mais e mais singles sendo lançados com "feat" (isto é, mais músicas sendo lançadas com participações especiais).