Geografia, perguntado por rodriguesjeane883, 8 meses atrás

o que os corsários faziam com as cargas roubadas ?​

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Respondido por matheusmatosweschenf
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Resposta:

Um corso, ou corsário (do italiano corsaro, comandante de navio autorizado a atacar navios) era alguém que, por missão ou carta de corso (ou "de marca") de um governo, era autorizado a pilhar navios de outra nação (guerra de corso), aproveitando o fato de as transações comerciais basearem-se, na época, na transferência material das riquezas. Os corsos eram usados como um meio fácil e barato para enfraquecer o inimigo, por perturbar as suas rotas marítimas. Com os corsos, os países podiam enfraquecer os seus inimigos sem ter de arcar com os custos relacionados com a manutenção e construção naval.

Teoricamente, um pirata com uma carta de marca poderia ser considerado como corsário, reconhecido como tal pela lei internacional. Sempre que um navio corso fosse capturado, este tinha de ser levado a um Tribunal Almirantado, onde tentava assegurar de que era um verdadeiro corso. Contudo, era comum os corsos serem apresados e executados como piratas pelas nações inimigas. Grande parte das vezes os piratas, quando apanhados pela suposta vítima, tentavam usar uma carta de corso ilegal. Por vezes, no seu país de origem, os corsos eram considerados autênticos heróis, tal como Sir Francis Drake, que, graças aos fabulosos tesouros que arrecadou para a Inglaterra, foi tornado Cavaleiro por Isabel I de Inglaterra.

Um discípulo famoso de Sir Francis Drake (O El Dragón, como era chamado entre os espanhóis), foi Sir Thomas Cavendish, outro importante corsário e circum-navegador britânico. Cavendish atacou cidades brasileiras como Santos, São Vicente, Ilha Grande e Vitória do Espírito Santo.

Já durante as cruzadas, os corsários sarracenos eram chamados pelos cruzados de "corsários berberes". Estes corsários estavam autorizados pelos seu governos a pilhar as rotas marítimas dos países cristãos. Inicialmente, os corsários malteses lutavam pela religião, mas, algum tempo depois, as crescentes recompensas da pirataria atraíram mais. Rapidamente, os corsários malteses se tornaram piratas experientes, sem interesse nos ideais religiosos.

Índice

1 O corso

2 Fim do corso

3 Surgimento da saudação militar

4 Lista de piratas e corsários famosos

5 Ver também

6 Bibliografia

7 Ligações externas

O corso

Explica Denisart, citado por A. Morel, p. 24, em La guerre de course à Saint-Malo, em Mémoires de la société d´histoire et d´archéologie de Bretagne, Rennes, 1957: On appelle course en mer l´armement d´un vaisseau fait par des particuliers, d´après une permission du roi, pour courir en temps de guerra sur les ennemis de l´état, dans la vue d'interrompre leur commerce et leur navigation - ou seja, "chama-se corso no mar ao armamento de um navio feito por particulares, por licença do rei, para combater os inimigos do estado visando a interromper seu comércio e sua navegação". Foi um fenômeno difundido no século XVIII. É importante fazer a distinção entre corsário e pirata. Os piratas agiam ilegalmente em tempo de guerra ou de paz, sem qualquer regra, sem pertencer a reis ou a qualquer governo. Ao contrário, os corsários agiam de acordo com seu soberano, exclusivamente em período de conflito. Seus navios eram armados por particulares, mas com autorização do governo, que lhes concedia lettres de marque ou "cartas de marca", fazendo-os compor os quadros da "Marinha Nacional" de Dona Maria I do Brasil e Portugal, chamada de Corso ou Corsária. O Brasil, no período de 1808 a 1889, teve sua Marinha Corsária, do chamado Reino Unido e Império Brasileiro, como outros países. Isso fez com que o Brasil, no período, possuísse a segunda maior esquadra depois da Inglaterra, que tinha sua Armada, e que também possuía a sua chamada esquadra corsária.

A situação estratégica de defesa era tão importante a nível militar que, em 1681, Colbert (o famoso ministro de Luís XIV) promulgou medidas para regular a atividade, reforçada após a derrota em 1692 de La Hougue, que muito enfraqueceu a marinha real francesa.

Entre os corsários que agiram sob a autoridade do seu país, se incluem:

Francis Drake (Império Britânico)

Pieter van der Does (Império holandês)

Amaro Pargo (Império espanhol)

Barba Ruiva (Império Otomano)

Fim do corso

"O fortalecimento do Estado moderno, autoritário, centralizador, tornou obsoleta a prática do corso". Com estas novas características dos estados, o ataque ao comércio do inimigo foi perdendo proporções, acabando assim com o corso. Os novos navios a vapor, que exigiam grandes custos de produção e manutenção, fizeram com que a guerra marítima privada tivesse o seu fim. Após a guerra da Crimeia, foi celebrado o Tratado de Paris de 1856, em que as grandes potências ali reunidas concordaram em acabar definitivamente com a prática do corso. Assim, como muitas vezes era o corso que levava à pirataria, esta também teve tendência a diminuir. Os piratas não desapareceram por completo, mas é certo que, com o desenvolvimento das comunicações e sistemas de vigilância, esta atividade ficou bastante enfraquecida.

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