História, perguntado por ryanfraga2011, 6 meses atrás

o que ocorreu para que Getúlio Vargas perdeu o apoio da população e Qual atitude ele tomou​

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Respondido por sheeron
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Resposta:

Segundo governo de Vargas ficou conhecido como governo democrático, iniciou-se em 1951 e ficou marcado pela crise política que levou ao suicídio do presidente, em 1954.

O segundo governo Vargas foi o período da República em que o Brasil foi governado por Getúlio Vargas de maneira democrática. Isso se deu quando ele foi eleito presidente do Brasil durante a eleição de 1950. Esse segundo governo ficou marcado por uma grande tensão política e social e também por um fim trágico: o suicídio do presidente, em 1954.

Contexto histórico -

O segundo governo de Vargas foi o retorno do político gaúcho à presidência do país cinco após a sua deposição. Esse governo fez parte do período da República conhecido como Quarta República, que se estendeu de 1946 a 1964. Vargas foi o segundo presidente eleito nesse período e governou de 1951 a 1954.  

Depois que foi deposto da presidência, em 1945, Getúlio Vargas apoiou o general Eurico Gaspar Dutra para ocupar o cargo. O general concorreu pelo Partido Social Democrático (PSD) e saiu vitorioso na eleição de 1945. Muitas mudanças aconteceram no país e uma nova Constituição precisou ser formada, com fim da ditadura varguista.  

Vargas, por sua vez, manteve-se nos bastidores da política brasileira angariando o apoio dos grupos políticos, para garantir seu retorno a partir da eleição de 1950. No final de 1945, conseguiu eleger-se senador pelo PSD no estado do Rio Grande do Sul, e, assim, mesmo longe da presidência, manteve-se como uma figura presente na nossa política.

Eleição de 1950 -

Os três principais candidatos da eleição presidencial de 1950 foram Getúlio Vargas (PTB), Cristiano Machado (PSD) e Eduardo Gomes (UDN). Durante os anos do governo Dutra, a estratégia adotada por Vargas foi a de apagar a imagem de ditador construída durante o Estado Novo (1937-1945). Chegou inclusive a discursar no Senado defendendo os feitos de seu governo e os benefícios que trouxe para o país.  

Nesse período, Vargas conseguiu o apoio do governador de São Paulo, Ademar de Barros, importante político da época que havia recentemente sido eleito. Além disso, ele conseguiu dividir o PSD e enfraquecer o candidato lançado por esse partido, Cristiano Machado.  

Durante a campanha, Vargas fez uso da política que ficou conhecida como trabalhismo, que é definida pelo historiador Thomas Skidmore como uma “mistura de bem-estar social, atividade política da classe operária e nacionalismo econômico”. Durante a campanha eleitoral, Vargas reafirmou sua postura pela industrialização do país, conforme afirma o historiador Boris Fausto:  

Getúlio baseou sua campanha na defesa da industrialização e na necessidade de ampliar-se a legislação trabalhista. Modulou seu discurso de acordo com cada Estado que percorria. No Rio de Janeiro, onde a influência comunista era real, chegou a dizer que, se fosse eleito, o povo subiria com ele os degraus do palácio do Catete e ficaria no poder.  

A excelente estratégia política de Vargas foi responsável por isolar Cristiano Machado no próprio partido, uma vez que Vargas havia garantido parte expressiva do apoio dos políticos do PSD a sua candidatura. Por fim, teve a seu favor também a pouca habilidade de seus candidatos para obter votos do eleitorado. O candidato udenista, Eduardo Gomes, chegou afirmar ser contra a lei do salário mínimo — uma das medidas mais populares tomadas por Vargas.  

  • O resultado da eleição de 1950 foi o seguinte:  
  • Getúlio Vargas (PTB) obteve 48,7% dos votos.  
  • Eduardo Gomes (UDN) obteve 29,7% dos votos.  
  • Cristiano Machado (PSD) obteve 21,5% dos votos.  
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