Geografia, perguntado por lucasmngpi, 11 meses atrás

o que ocorreu no mundo após o atentado no World Trade???


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Respondido por victorhugo90
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O World Trade Center (WTC) original foi um grande complexo de sete edifícios na região de Lower Manhattan, Nova Iorque, Estados Unidos. O WTC original, caracterizado pelas marcantes "Torres Gêmeas", foi inaugurado em 4 de abril de 1973 com 110 andares, e destruído durante os ataques de 11 de setembro de 2001, juntamente com o World Trade Center 7. Os outros edifícios do complexo foram danificados nos ataques e suas ruínas foram então demolidas. No momento de sua conclusão, as Torres Gêmeas – o original World Trade Center 1, com 417 m (1.368 pés); e o World Trade Center 2, com 415,1 m (1.362 pés) – eram os prédios mais altos do mundo. O local está sendo reconstruído com cinco novos arranha-céus e um memorial para as vítimas dos ataques. Até setembro de 2018, o One World Trade Center, o World Trade Center 4, o World Trade Center 7, o Memorial & Museu Nacional do 11 de Setembro, o World Trade Center 3 e a Estação World Trade Center (PATH) foram concluídas. O One World Trade Center, concluído em em 10 de Maio de 2013, se tornou o edifício mais alto da cidade de Nova Iorque e o mais alto do hemisfério ocidental, com 541 m (1.776 pés).

No momento da sua conclusão, o World Trade Center 1 (Torre Norte) e o World Trade Center 2 (Torre Sul) originais, conhecidos em conjunto como "Torres Gêmeas", eram um dos edifícios mais altos do mundo. Os outros edifícios incluídos no antigo complexo eram o WTC 3 (o Marriott World Trade Center), WTC 4, WTC 5, WTC 6 e WTC 7. Todos estes edifícios foram construídos entre os anos de 1975 e 1985. O custo da construção foi de 400 milhões de dólares (equivalentes a US $ 2,27 bilhões em 2018).[1] O complexo, localizado no coração do Distrito Financeiro de Nova York, tinha 1 240 000 metros quadrados de espaço para escritórios (1.340.000 pés quadrados).[2][3]

O World Trade Center passou por um incêndio em 13 de fevereiro de 1975,[4] um atentado a bomba em 26 de fevereiro de 1993[5] e um assalto a banco em 14 de janeiro de 1998.[6] Em 1998, a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey decidiu privatizar o complexo, ao arrendar os edifícios para uma empresa privada gerenciar, escolhendo a Silverstein Properties em julho de 2001.[7] Na manhã de 11 de setembro de 2001, sequestradores membros da organização fundamentalista islâmica Al-Qaeda colidiram dois jatos Boeing 767 contra as Torres Gêmeas do complexo, em um ataque terrorista coordenado. Depois de queimar por 56 minutos, a Torre Sul (WTC 2) desmoronou, seguido depois de meia hora pela Torre Norte (WTC 1), resultando em 2.753 mortes.[8] Os escombros das torres, combinados aos incêndios que os destroços iniciaram em vários edifícios vizinhos, levou ao colapso parcial ou completo de todos os outros edifícios no complexo e causou danos maiores a dez outras grandes estruturas na zona próxima.

O processo de limpeza e recuperação no local do World Trade Center levou oito meses, durante os quais os restos dos outros edifícios foram demolidos. O complexo do World Trade Center foi reconstruído ao longo de mais de uma década. O local está sendo reconstruído com seis novos arranha-céus, enquanto um memorial para os mortos nos ataques e um novo centro de trânsito rápido foram abertos. O One World Trade Center é o principal edifício do novo complexo, alcançando mais de 100 andares.[9]

Respondido por andrehenriquegois
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O mundo ficou bem mais complicado, os Estados Unidos mais divididos, a hegemonia americana abalada. Não se pode atribuir tudo isso diretamente aos atentados. Talvez a força deles esteja no fato de tornar mais visível o que já acontecia como grandes correntes de transformação.  

 As Nações Unidas em reforma. Estava mesmo precisando - depois de 50 anos. Mas a reforma, por enquanto, é só no prédio. Existe um novo papel para as Nações Unidas nesse balanço de poder internacional dez anos depois do 11 de Setembro. Os Estados Unidos não se impõe mais sozinhos nenhuma outra potência é capaz de assumir o papel que os americanos vinham representando.  

 Mas, por incrível que pareça, a solução de conflitos regionais tornou-se ainda mais difícil, dez anos depois do 11 de Setembro. Um bom exemplo vem lá do Oriente Médio, onde tudo começou.  

 O conflito árabe-israelense continua intratável e sem solução. Israel continuou nesses dez anos aumentando a ocupação de territórios que a Onu diz que deveriam ser devolvidos aos palestinos.  

 Que, divididos entre si, divididos entre negociar ou resistir, planejam declarar um estado independente recusado pelos árabes quando a Onu o desenhou, há mais de 60 anos.

 O presidente Obama, em nome de uma paz que não consegue mediar, pediu aos palestinos que não proclamem o estado independente. Mas 140 países da Onu estão dispostos a reconhecer esse estado.  

 Seria um mundo completamente diferente ao de dez anos atrás, quando os Estados Unidos reagiram ao 11 de Setembro, partiram para duas guerras no Oriente Médio e prometeram resolver o conflito entre árabes e israelenses?  

 “Nem tanto”, afirma o veterano embaixador Thomas Pickering, conservador, que articulava os interesses de Washington, na Onu, no auge da força americana. Ele chama atenção para o que considera duas falácias.  

 A primeira falácia é acreditar que os americanos sempre puderam agir sozinhos. A segunda falácia é acreditar que o mundo atual é multipolar. “Hoje tem sempre alguém que continua pedindo que os Estados Unidos assumam a liderança", lembra o veterano diplomata.  

 A famosa Times Square para muitos, é um retrato do que seria a civilização do consumo, a civilização materialista, efêmera, baseada apenas em luzes, do mundo ocidental, do mundo americano. E é claro, um terrorista tentou explodir também a Times Square. Essa era a ideia deles dez anos atrás: a de basear-se numa oposição entre o modo de vida ocidental e aquela interpretação religiosa dos terroristas. Essa oposição dez anos depois, ainda existe?  

 Em países muçulmanos como o Paquistão, radicais religiosos continuam pregando - e têm ótima audiência - que o ocidente com os Estados Unidos à frente estão engajados numa guerra contra o islã. É o que foi usado como justificativa para atentados em várias partes do mundo.  

 Nesses dez anos, o chamado jihadismo islâmico causou muita destruição e derramamento de sangue. Mas não conquistou qualquer país ou sociedade.  

 No Cairo, berço de algumas das ideias mais influentes no islã sobre religião e estado, surgiu uma resposta ao radicalismo religioso: o Egito vive uma revolução contra ditaduras. Por liberdades individuais. Valores ocidentais.

 Pelo menos até agora, é uma revolução que não foi formulada, dirigida ou mesmo explorada pelos radicais religiosos - até agora.  

 Mas na visão de Robert Mcfarlane, um ex-conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, não estaria mesmo no Oriente Médio o fato mais importante dessa década após o 11 de Setembro.  

 "Nós nos concentramos no Iraque por muito tempo", diz ele. "Enquanto vivemos o mais excitante período da história moderna, que é o surgimento de atores como a Índia, o Brasil e a China. Os Estados Unidos continuarão sendo muito fortes e importantes, mas teremos equivalentes no Brasil e na Índia. Na China não acredito, acho que a falta de recursos fará com que a China se torne mais introspectiva.  

 É uma análise clássica, geopolítica, de um mundo em rápida transformação. Ligado pela tecnologia da informação e separado por religião. Mundo ainda mais difícil de ser definido entre bons de um lado e maus de outro. Muito mais complicado de ser governado.


lucasmngpi: muito obg
victorhugo90: de boa
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