O que ocorre com o esqueleto carbônico dos aminoácidos, após a perda do grupo amino?
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Resposta:
O valor da fração de energia metabólica derivada dos aminoácidos varia muito com o tipo de organismo considerado e com a situação metabólica em que ele se encontra, e sua contribuição para a geração de energia metabólica está em último lugar entre as biomoléculas.
Em geral, os aminoácidos catabolizados provém de três diferentes fontes:
-proteínas da dieta – característico de animais superiores;
-proteínas de reserva – melhor ilustrado durante a germinação de sementes armazenadoras de proteínas; e
-turnover endógeno - realizado por todas as células, com degradação das proteínas em seus constituintes aminoácidos que podem ser oxidados para produção de energia ou reciclados.
O catabolismo protéico começa com a hidrólise das ligações peptídicas – proteólise – liberando os resíduos de aminoácidos unidos em pequenas cadeias – peptídeos. Para as proteínas ingeridas, a proteólise ocorre no trato gastrointestinal.
Quando não são necessários como fonte de energia, a degradação geralmente prossegue apenas para eliminar os aminoácidos em excesso - como em caso de dieta rica em proteínas, que podem ter efeitos tóxicos pela incapacidade dos animais de armazenar aminoácidos livres. Há ainda a possibilidade de degradação quando os carboidratos são inacessíveis ou não são utilizados corretamente, devido a jejum severo ou diabetes melito.
Peculiar para estas biomoléculas, é a presença do grupo amino. Portanto, cada via degradativa passa por um passo-chave, no qual o grupo a-amino é separado do esqueleto carbônico e desviado para uma via especializada para o metabolismo do grupamento amino. Os alfa-cetoácidos assim formados, em geral, encaminham-se para o Ciclo do Ácido Cítrico, podendo sofrer oxidação até CO2 e H2O, ou ainda, seus esqueletos carbônicos podem fornecer unidades de três e quatro átomos de carbono para a conversão em glicose.