O que ocorre após a prisão do ministro Ouro Preto e todo o seu gabinete?
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As causas
A chamado do imperador, Ouro Preto, que havia sido preso juntamente com outros ministros e posteriormente libertado, informou com detalhes tudo que havia ocorrido envolvendo a tropa e Deodoro da Fonseca, inclusive a longa conversa havida entre eles na sede do quartel-general, quando este afirmou que se pusera na frente do Exército para vingá-lo das gravíssimas injustiças e ofensas recebidas do governo. Na realidade, eram boatos intencionalmente espalhados como notícia, a intriga foi feita perante a tropa sediada no Rio de Janeiro pelo major Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro, que estava imbuído dessa tarefa pelos republicanos, missão nada honrosa para um militar, ainda mais um oficial do Exército. Outra inverdade era a ordem de prisão contra Deodoro e o embarque para outras províncias de alguns corpos do Exército, mais sabidamente comprometidos com a conspiração. O derradeiro primeiro-ministro do Império, ou presidente do Conselho de Ministros, como era titulado naquela época, diria para Lourenço de Albuquerque, ministro da Agricultura: "Fomos miseravelmente traídos. Chamaram-nos para esta ratoeira afim de que não pudéssemos organizar lá fora a resistência. Antes me houvessem matado!".
Outro motivo que culminou com o advento da República no Brasil, foi sanção da lei Áurea, instituída em 13 de maio de 1888, pela princesa Isabel, na ocasião regente do Império, em virtude da viagem de seu pai dom Pedro 2º a Europa para tratar da saúde. Os proprietários rurais, na maioria conservadores, eram monarquistas, e com a libertação dos mais de 700 mil escravos que existiam no país, ficaram sem mão de obra e tiveram ainda um grande prejuízo financeiro. O descontentamento com a coroa foi enorme, e muitos agricultores passaram a apoiar o partido Republicano, e outros a partir de então não mais defenderam o regime monárquico dos ataques que sofriam dos opositores, e da imprensa republicana que soube aproveitar a situação.
Cabe ressaltar a função do marechal-de-campo Floriano Peixoto, (havia sido promovido a esse posto apenas cinco meses antes), no governo imperial ele exercia o cargo de ajudante-general, o segundo mais importante no Exército, após o de ministro, para o qual havia sido nomeado pelo próprio Ouro Preto, por essa função de estrita confiança, era seu dever defender o regime imperial, mas na hora que deveria agir contra os rebelados, faltando com a lealdade com o governo que tinha a obrigação de ofício. Quando inquerido pelo presidente do Conselho para que os combatesse, Floriano saindo pela tangente, afirmou: "As bocas de fogo no Paraguai, senhor ministro, eram inimigas: aquelas que Vossa Excelência está vendo são brasileiras..."
E assim o Império brasileiro chegou ao fim, sem nenhuma ação, e velada omissão de Floriano, que seria mantido no cargo na República e pouco tempo depois seria ministro da Guerra em substituição a Benjamin Constant, vice-presidente da República, e com a renúncia forçada de Deodoro em 1891, chefe da Nação, sem nenhum esforço. Seu lema era: "confiar, desconfiando..."
Durante a sangrenta revolução federalista que eclodiu durante o seu governo, em 1893, não teve compaixão com os adversários, nem para seus colegas de farda e da Marinha de Guerra brasileira, e quanto menos com os civis que se revoltaram contra ele. Aos militares determinou fuzilamentos sumários, e, para os outros, os civis, a forca. Entre as vítimas estava o catarinense marechal Manuel de Almeida da Gama Lobo Coelho d"Eça, o barão de Batovi, herói da guerra do Paraguai. Não satisfeito, para espezinhar o povo de Santa Catarina, o nome da capital do Estado, foi mudado de Desterro para Florianópolis, que significa: "cidade de Floriano". Não foi sem razão que foi chamado de "marechal de ferro".
O visconde demissionário do Conselho de ministros se recusou a permanecer no cargo, apesar dos apelos de dom Pedro 2º. Ouro Preto sugeriu para o seu lugar o senador gaúcho Gaspar Silveira Martins, mas este estava em viagem de sua terra ao Rio de Janeiro, e só chegaria quatro dias depois. Mas eles não sabiam que Silveira Martins e Deodoro da Fonseca eram inimigos por causa de uma mulher, Maria Adelaide Andrade Neves Meirelles, a baronesa de Triunfo. Deodoro havia sido comandante de armas, vice-presidente e depois presidente da província do Rio Grande do Sul, e disputou - apesar de casado -, com o politico gaúcho e perdeu o coração da Baronesa.
A chamado do imperador, Ouro Preto, que havia sido preso juntamente com outros ministros e posteriormente libertado, informou com detalhes tudo que havia ocorrido envolvendo a tropa e Deodoro da Fonseca, inclusive a longa conversa havida entre eles na sede do quartel-general, quando este afirmou que se pusera na frente do Exército para vingá-lo das gravíssimas injustiças e ofensas recebidas do governo. Na realidade, eram boatos intencionalmente espalhados como notícia, a intriga foi feita perante a tropa sediada no Rio de Janeiro pelo major Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro, que estava imbuído dessa tarefa pelos republicanos, missão nada honrosa para um militar, ainda mais um oficial do Exército. Outra inverdade era a ordem de prisão contra Deodoro e o embarque para outras províncias de alguns corpos do Exército, mais sabidamente comprometidos com a conspiração. O derradeiro primeiro-ministro do Império, ou presidente do Conselho de Ministros, como era titulado naquela época, diria para Lourenço de Albuquerque, ministro da Agricultura: "Fomos miseravelmente traídos. Chamaram-nos para esta ratoeira afim de que não pudéssemos organizar lá fora a resistência. Antes me houvessem matado!".
Outro motivo que culminou com o advento da República no Brasil, foi sanção da lei Áurea, instituída em 13 de maio de 1888, pela princesa Isabel, na ocasião regente do Império, em virtude da viagem de seu pai dom Pedro 2º a Europa para tratar da saúde. Os proprietários rurais, na maioria conservadores, eram monarquistas, e com a libertação dos mais de 700 mil escravos que existiam no país, ficaram sem mão de obra e tiveram ainda um grande prejuízo financeiro. O descontentamento com a coroa foi enorme, e muitos agricultores passaram a apoiar o partido Republicano, e outros a partir de então não mais defenderam o regime monárquico dos ataques que sofriam dos opositores, e da imprensa republicana que soube aproveitar a situação.
Cabe ressaltar a função do marechal-de-campo Floriano Peixoto, (havia sido promovido a esse posto apenas cinco meses antes), no governo imperial ele exercia o cargo de ajudante-general, o segundo mais importante no Exército, após o de ministro, para o qual havia sido nomeado pelo próprio Ouro Preto, por essa função de estrita confiança, era seu dever defender o regime imperial, mas na hora que deveria agir contra os rebelados, faltando com a lealdade com o governo que tinha a obrigação de ofício. Quando inquerido pelo presidente do Conselho para que os combatesse, Floriano saindo pela tangente, afirmou: "As bocas de fogo no Paraguai, senhor ministro, eram inimigas: aquelas que Vossa Excelência está vendo são brasileiras..."
E assim o Império brasileiro chegou ao fim, sem nenhuma ação, e velada omissão de Floriano, que seria mantido no cargo na República e pouco tempo depois seria ministro da Guerra em substituição a Benjamin Constant, vice-presidente da República, e com a renúncia forçada de Deodoro em 1891, chefe da Nação, sem nenhum esforço. Seu lema era: "confiar, desconfiando..."
Durante a sangrenta revolução federalista que eclodiu durante o seu governo, em 1893, não teve compaixão com os adversários, nem para seus colegas de farda e da Marinha de Guerra brasileira, e quanto menos com os civis que se revoltaram contra ele. Aos militares determinou fuzilamentos sumários, e, para os outros, os civis, a forca. Entre as vítimas estava o catarinense marechal Manuel de Almeida da Gama Lobo Coelho d"Eça, o barão de Batovi, herói da guerra do Paraguai. Não satisfeito, para espezinhar o povo de Santa Catarina, o nome da capital do Estado, foi mudado de Desterro para Florianópolis, que significa: "cidade de Floriano". Não foi sem razão que foi chamado de "marechal de ferro".
O visconde demissionário do Conselho de ministros se recusou a permanecer no cargo, apesar dos apelos de dom Pedro 2º. Ouro Preto sugeriu para o seu lugar o senador gaúcho Gaspar Silveira Martins, mas este estava em viagem de sua terra ao Rio de Janeiro, e só chegaria quatro dias depois. Mas eles não sabiam que Silveira Martins e Deodoro da Fonseca eram inimigos por causa de uma mulher, Maria Adelaide Andrade Neves Meirelles, a baronesa de Triunfo. Deodoro havia sido comandante de armas, vice-presidente e depois presidente da província do Rio Grande do Sul, e disputou - apesar de casado -, com o politico gaúcho e perdeu o coração da Baronesa.
rs0190000:
obrigadaaaaa, foi muita coisa, mas ajudou bastante
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