O que ocasionou a Crise de 1929? E quais foram os efeitos da Crise de 1929 no Brasil?
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Resposta:
A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café.
Resposta:
Crise de 1929, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior crise do capitalismo financeiro. A Europa, que tinha se recuperado da destruição da Primeira Guerra, não precisava mais dos créditos e produtos americanos. Com os juros baixos, os investidores passaram a colocar seu dinheiro na Bolsa de Valores e não nos setores produtivos. Os Estados Unidos também se transformaram no principal credor dos países europeus. Essa relação gerou interdependência comercial, que foi se alterando na medida em que a economia europeia se recuperava e passava a importar menos. A população não absorvia esse crescimento, gerando grandes estoques de produtos a fim de esperar melhores preços, desta maneira, em meados da década de 1920, os investimentos em ações da bolsa de valores também aumentam, uma vez que estas ações eram artificialmente valorizadas para parecerem vantajosas. Contudo, como se tratava de especulação, as ações não possuíam cobertura financeira. Como agravante, o governo dos EUA inicia uma política monetária para reduzir a inflação (aumento de preços), quando deveria combater uma crise econômica provocada pela deflação econômica (queda nos preços).
Esta crise já era perceptível em 1928 quando houve uma queda brusca e generalizada nos preços dos produtos agrícolas no mercado internacional.
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Crise em 1929 no Brasil-Naquela época, o Brasil passou por um grave problema cambial. De acordo com o historiador Caio Prado Júnior (1907-1990), autor de História econômica do Brasil, publicado pela primeira vez em 1945, a queda nas exportações, provocada pela crise, gerou um desequilíbrio na balança comercial brasileira. Sem uma indústria sólida, o Brasil exportava apenas café e outros produtos agrícolas, como algodão, cacau e borracha. Como não eram produtos essenciais para o consumidor – portanto, suas compras poderiam ser interrompidas a qualquer hora -, dizia-se que o país tinha uma “economia de sobremesa”. A moeda forte obtida com essas exportações servia para pagar as importações de boa parte dos produtos industrializados consumidos pelos brasileiros. O aprofundamento da crise, porém, provocou a redução da demanda externa e a queda dos preços internacionais do café. Com isso, o déficit comercial do país cresceu rapidamente.
A crise também causou a interrupção do fluxo regular de capital estrangeiro para o Brasil. O dinheiro externo alimentava a economia brasileira desde os tempos do Império, e seu ingresso se intensificara entre a Proclamação da República, em 1889, e a posse de Vargas, em 1930 – período da história conhecido como República Velha. A falta do dinheiro externo agravou ainda mais o déficit cambial brasileiro. A moeda nacional se desvalorizava rapidamente. O valor da libra esterlina, então a moeda mais usada no mundo, passou de 40 mil-réis, em 1929, para quase 60 mil-réis, em 1934. Com as exportações em queda e sem financiamento externo, o governo aumentou de forma brutal a emissão de moeda – e isso provocou alta da inflação.