História, perguntado por apenaslegal7890, 6 meses atrás

O que o povo passou a ser quando os portugueses chegaram na áfrca?

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Respondido por aubido14
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Resposta:

Desde o Império Romano, os europeus tinham contato direto com o norte africano, algo que ia muito além do domínio sobre o Egito e dos flertes com Cleópatra. A expansão islâmica a partir do século 7, porém, praticamente cortou o contato europeu com o norte da África e com as rotas trans–saarianas, que conduzem a região ao sul do deserto do Saara. Na Península Ibérica, a reação dos cristãos europeus à presença dos mouros, oriundos de onde hoje ficam Marrocos e Argélia, só foi ganhar força a partir do século 11 – conduzida primeiro pelo reino de Castela, hoje território espanhol, depois pela coroa portuguesa.

Ou seja, se você não tivesse um acordo com os muçulmanos, precisava partir para a briga para entrar na África – ou achar um jeito de dar um drible neles. E Portugal fez, basicamente, as duas coisas. Com a conquista de Ceuta, ocorrida em 1415 sob comando do rei João 1o, o reino português estabeleceu sua primeira posse em solo africano e passou a ter relativo controle sobre o Estreito de Gibraltar, o canal que separa Espanha e o norte da África (hoje, Marrocos), na entada do Mar Mediterrâneo. Além de fortalecer sua posição no litoral marroquino, isso tornou real o sonho de explorar o sul do Atlântico – uma vantagem importante para Portugal no cenário comercial da época.

A ideia de contornar a África para chegar à Ásia não era exatamente inédita. O grego Heródoto, considerado o pai da história, relata que teriam sido navegadores fenícios os primeiros a fazer a viagem, a partir de 600 a.C. A estratégia portuguesa, porém, tinha uma outra lógica, estritamente de negócios. Embora mais penosa, a trilha pela costa africana era o trajeto possível à Coroa, já que os mercadores de Gênova e Veneza, grandes adversários comerciais, se entendiam bem demais com os islâmicos, o que fechava as rotas asiáticas aos portugueses.

Além da briga pelas Índias, a criação de entrepostos no Atlântico (as chamadas “feitorias”) era a chance de passar a rasteira nos genoveses e disputar o acesso a produtos de grande valor, em especial o cobiçado ouro africano. “Era sabido que o ouro que surgia na Península Ibérica islâmica vinha do interior da África. Os portugueses tinham certeza de que havia ouro em algum lugar e queriam conquistar essas cidades”, explica Valdemir Zamparoni, professor de história da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

O avanço português foi deixando rastros – muitos deles, visíveis até hoje. A exploração dos rios entre as bacias do Senegal e Níger, por exemplo, é a origem do nome Lagos, que batiza a capital da Nigéria e é referência direta à cidade homônima em solo português.

Foram os lusitanos quem involuntariamente batizaram Camarões, em referência à grande quantidade de crustáceos na foz do Rio Wouri, onde chegaram em 1472. E os desembarques nos futuros territórios de Guiné–Bissau (1446) e Cabo Verde (1460) são eventos decisivos para a história dessas regiões e de todo o continente.

Em meio à busca por metais e especiarias, os escravos também faziam parte do comércio português. Ocorrida em 1441, a expedição de Nuno Tristão ao Cabo Branco, na costa da atual Mauritânia, não foi apenas o primeiro grande avanço rumo ao sul do continente, mas foi também a primeira remessa de escravos africanos para Portugal. No caso, um pequeno grupo de pescadores, atacados e feitos prisioneiros. Porém, embora fosse desde sempre um negócio lucrativo, a captura de escravos não era, ao menos no começo, a essência da empreitada.

A importância desse comércio mudou a partir do estabelecimento dos engenhos de açúcar na Madeira e em outras ilhas da costa atlântica – modelo que, depois, viraria uma vantajosa fonte de renda também nas Américas.

Para abastecer a demanda crescente por trabalhadores forçados, os portugueses estabeleceram acordos com líderes locais. O mais comum era que os vendidos fossem prisioneiros de batalhas conta povos rivais, embora vítimas de sequestros e criminosos da própria comunidade também virassem moeda de troca de vez em quando.

O que não quer dizer, é claro, que os portugueses não tenham tentado obter escravos à força. Tentaram, e bastante. O problema é que enfrentar os povos locais não era nada fácil. Textos históricos como a Crônica do Felicíssimo Rei Dom Manuel, de Damião de Góis, demonstram que, desde o século 16, era comum a presença de batelões portugueses onde hoje é costa da África do Sul, tentando atacar aldeias próximas ao mar para fazer prisioneiros. Resultado: na maioria das vezes, os europeus tomaram uma surra.

Explicação:


aubido14: nao faço perguntas so respondo
apenaslegal7890: ah
apenaslegal7890: Vou responder a
apenaslegal7890: aq
apenaslegal7890: To em uma prova
apenaslegal7890: QUE O PROFESSORA NAO PASSOU NADA DISSO E ELE COLOCOU NA PROVA
aubido14: euto de ferias
apenaslegal7890: Eu postei outra pergunta pode responder?
aubido14: boa sorte na prova
aubido14: vou responder ok
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