o que o plano de imunização contra o covid-19 adota atualmente?
Soluções para a tarefa
a vacina
A vacina CoronaVac, feita no Instituto Butantan, em São Paulo, em parceria com um laboratório chinês, utiliza uma tecnologia de cultivar o vírus em laboratório e depois o inativar. Esse organismo é capaz de gerar uma resposta do corpo ao entrar em contato com o "vírus real".
“Temos também o grupo do Butantan e, de acordo com os resultados, é a vacina com a maior eficácia, cerca de 97% até agora. Esses dados são muito bons e há uma recomendação para que ela também seja incorporada, já que o instituto tem a possibilidade de produzi-la”, afirma a epidemiologista.
Por meio de um acordo com a OMS, o Brasil também irá receber a fórmula da Moderna, ao custo estimado de R$ 2,5 bilhões, com doses suficientes para 10% da população. Nesta semana, a empresa anunciou que a vacina tem cerca de 94,5% de eficácia contra o coronavírus. O diferencial da vacina da Moderna é que ela pode ser armazenada a -20ºC, diferente da produzida pela Pfizer que necessita de armazenamento especial a -70ºC, por exemplo.
“Nós simulamos vários cenários: quais são os grupos prioritários, quais vacinas devemos ter, quantas doses são necessárias e apresentamos para a Secretaria de Vigilância e Saúde. No dia 30 de novembro, teremos uma reunião com o secretário da pasta para a apresentação consolidada das informações e do plano nacional de vacinação”, conta Ethel.
VACINAÇÃO SEMELHANTE A DA GRIPE
Para organizar a distribuição das vacinas no país, as remessas entregues pelas indústrias farmacêuticas serão divididas em regiões, enquanto uma região recebe uma vacina, outra região vai aplicar outra fórmula, sendo que cada pessoa tem que receber as duas doses do mesmo tipo de vacina.
No entanto, ainda não é possível afirmar qual tipo de vacina estará presente em cada Estado, explica Ethel: "Ainda não é possível dizer qual vacina virá para o Espírito Santo, por exemplo, pois depende das negociações da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) com o Ministério da Saúde".
Ela afirma que a aplicação deverá seguir o mesmo esquema de imunização da gripe, ou seja, vacinação divididas em grupos e dando preferência aos grupos prioritários. “Temos que esperar o dia 30 para fechar as informações, mas a lógica será parecida com a vacina da gripe, com cada grupo sendo vacinado em um dia, em etapas”, afirma a especialista