O que o milho hoje tem de natural ? O que ele tem de intervenção humana ?
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Estimada,
Embora a domesticação de plantas e animais, muitas vezes, aparente estar associada a uma escolha consciente das sementes que fossem maiores e crescessem mais rápido, essas características surgiram, provavelmente por um certo acaso. Haja vista que sementes maiores tendem a crescer mais rápido, após a semeadura sucessiva ao longo de milhares de gerações, o tamanho e o crescimento das sementes são uma consequência, pois serão as que terão resultados mais rápidos, haja vista que aproveitarão melhor as condições preparadas pelas pessoas. Desse modo:
A genética apresenta uma relação intrínseca com o processo de transição de "selvagem" para domesticado, haja vista que as condições da agricultura e pecuária vão favorecer determinadas característica que outras, de modo que acontecerá uma seleção genética artificial, em condições diferentes das encontradas em ambientes naturais.
O milho não existia na natureza da forma como o conhecemos, com sua domesticação ocorrida aqui na América pelos povos nativos americanos. Ele é resultado de milhares de anos de seleção artificial decorrente da agricultura, sendo a variante domesticada do teosinto, com o qual pode estabelecer híbridos férteis. Ele foi domesticado aqui na América. Após tanta história e cultivado por diversos povos, não é surpresa que haja milhares de variedades, provavelmente a maior entre as plantas cultivadas. Haja vista o perigo que o uso de uma única variedade representa devido à redução da variabilidade genética das espécies, facilitando que todas as plantas sejam atacadas por uma praga por essas não serem muito diferentes entre si (aumentando a necessidade de agrotóxicos e outros recursos), o Brasil e outros países guardam diversas variedades no Banco Ativo de Germoplasma de Milho. Isso é especialmente importante, haja vista que o milho é uma das plantas mais cultivadas no planeta, em parte por uma das plantas mais eficientes em armazenar energia.
Vale lembrar que foi o pesquisador mineiro Antônio Secundino foi o primeiro a fazer seleção das primeiras variedades de milho adaptadas ao clima tropical, com sementes comercialmente viáveis. Ele fez isso com base nos primeiros estudos de produção para o uso comercial de milho nos Estados Unidos, trazendo de sua viagem várias sementes de diferentes variedades, com as quais realizou décadas de seleção e permitiu, com isso, transformar o Brasil de um país que importava milho para o segundo maior produtor de milho do mundo.
Nesse sentido, o milho que temos hoje, inclusive o transgênico, muito utilizado para a produção de salgadinhos, dentre outros produtos, é fruto de milhares de anos de intervenção humana, sendo bastante diferente de seus parentes que ocorrem na natureza.
Portanto, o milho tem de natural quanto à planta que o produz consiste no fototropismo, na capacidade da enraizamento, fotossíntese, dentre outras características comuns com os demais vegetais. Entretanto, há muito de intervenção humana, de maneira que podemos afirmar que, sem as ações da humanidade ao longo de milhares de anos, ele não existiria.
Para melhor compreender todo esse processo, sugiro que veja o vídeo " Armas germes e Aço - Saindo do Jardim do Éden ", A História do Mundo em Duas Horas " , e e " BBC História da Ciência - Episódio 03 - Como Chegamos Até Aqui? ", encontrados facilmente no you..tube.
Bons estudos!
Embora a domesticação de plantas e animais, muitas vezes, aparente estar associada a uma escolha consciente das sementes que fossem maiores e crescessem mais rápido, essas características surgiram, provavelmente por um certo acaso. Haja vista que sementes maiores tendem a crescer mais rápido, após a semeadura sucessiva ao longo de milhares de gerações, o tamanho e o crescimento das sementes são uma consequência, pois serão as que terão resultados mais rápidos, haja vista que aproveitarão melhor as condições preparadas pelas pessoas. Desse modo:
A genética apresenta uma relação intrínseca com o processo de transição de "selvagem" para domesticado, haja vista que as condições da agricultura e pecuária vão favorecer determinadas característica que outras, de modo que acontecerá uma seleção genética artificial, em condições diferentes das encontradas em ambientes naturais.
O milho não existia na natureza da forma como o conhecemos, com sua domesticação ocorrida aqui na América pelos povos nativos americanos. Ele é resultado de milhares de anos de seleção artificial decorrente da agricultura, sendo a variante domesticada do teosinto, com o qual pode estabelecer híbridos férteis. Ele foi domesticado aqui na América. Após tanta história e cultivado por diversos povos, não é surpresa que haja milhares de variedades, provavelmente a maior entre as plantas cultivadas. Haja vista o perigo que o uso de uma única variedade representa devido à redução da variabilidade genética das espécies, facilitando que todas as plantas sejam atacadas por uma praga por essas não serem muito diferentes entre si (aumentando a necessidade de agrotóxicos e outros recursos), o Brasil e outros países guardam diversas variedades no Banco Ativo de Germoplasma de Milho. Isso é especialmente importante, haja vista que o milho é uma das plantas mais cultivadas no planeta, em parte por uma das plantas mais eficientes em armazenar energia.
Vale lembrar que foi o pesquisador mineiro Antônio Secundino foi o primeiro a fazer seleção das primeiras variedades de milho adaptadas ao clima tropical, com sementes comercialmente viáveis. Ele fez isso com base nos primeiros estudos de produção para o uso comercial de milho nos Estados Unidos, trazendo de sua viagem várias sementes de diferentes variedades, com as quais realizou décadas de seleção e permitiu, com isso, transformar o Brasil de um país que importava milho para o segundo maior produtor de milho do mundo.
Nesse sentido, o milho que temos hoje, inclusive o transgênico, muito utilizado para a produção de salgadinhos, dentre outros produtos, é fruto de milhares de anos de intervenção humana, sendo bastante diferente de seus parentes que ocorrem na natureza.
Portanto, o milho tem de natural quanto à planta que o produz consiste no fototropismo, na capacidade da enraizamento, fotossíntese, dentre outras características comuns com os demais vegetais. Entretanto, há muito de intervenção humana, de maneira que podemos afirmar que, sem as ações da humanidade ao longo de milhares de anos, ele não existiria.
Para melhor compreender todo esse processo, sugiro que veja o vídeo " Armas germes e Aço - Saindo do Jardim do Éden ", A História do Mundo em Duas Horas " , e e " BBC História da Ciência - Episódio 03 - Como Chegamos Até Aqui? ", encontrados facilmente no you..tube.
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