Sociologia, perguntado por euleersoares, 11 meses atrás

o que o individualismo tem a ver com a violência? ​

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Respondido por arianabouvie2
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O isolamento não é inerente ao Humano, pois sua racionalidade, característica fundadora deste ser, somente se desenvolve com a participação do outro. Constata-se, ainda, a presença do outro no mundo pelo fato destes seres, do eu e o(s) outro(s) constituírem-se em múltiplos. Como radicalização da problemática, advém a imperfeição do Homem, destacada no dizer de Herder (1995), que expressa a condição humana: O homem é um vaso em que não cabe a perfeição... Para avançar tem sempre que perder qualquer coisa; [01] de outra forma, a violência do homem com seu semelhante é assunto que percorre, desde os tempos idos até o hodierno, labirintos cheios de mistérios e obscuridade; covas que guardam os vícios de torpezas e traços largos de indignidades. A história aprofunda o passado, fator que, por momentos, não permite observar a sujeira. Mas não só de obscuridades e de atrocidades é composto o Humano, mas, também, de luz e sabedoria quando se empenha para resolver problemas que o incomodam de fato e quando estes problemas, imperiosamente, dele exigem, politicamente, soluções. Nem tudo perdido está. A busca do conhecimento é um indicativo de esperanças de resoluções de problemas. Mas, o outro lado da moeda apresenta-se, as profundezas ganham novas dimensões em todo momento em que o conhecimento se embrenha, há um aumento de complexidade, contingências e expectativas. [02] Por isto uma visão que abranja alguns dos inúmeros fatores incidentes no objeto se faz imprescindível.As tensões existentes nestas esferas do Homem (eu, outro e nós) são, basicamente, ocasionadas por uma intolerância de aceitação e estranheza do outro. Neste momento, vários motivos são exaltados, dentre os quais a dinâmica de competição que tende a negar o outro e excluir o nós, assim prevalecendo o eu. Com esse procedimento, destaca-se o individualismo que concentras atenções no eu. A busca de sucesso, ascensão social, importa que o outro não esteja em evidência ou, pelo menos, não se destaque quanto o eu.

Traz-se, destarte, a lei da física da ação e reação transfundida no social. Embora na física haja imediatidade, na esfera humana há imediatidade, mas, também, mediatidade. Logo, a negação, o afastamento e a hostilidade com o outro acarreta conseqüências conflituais; tensões radicalizadas que se exteriorizam e se materializam na forma da violência, em seus vários aspectos, nada mais que a exasperação de uma reação.O problema focaliza-se no exacerbamento do consenso ou do conflito. Quando o primeiro se sobrepõe, a sociedade estagna-se; quando o conflito destaca-se há um descontrole. Como de regra, o equilíbrio é o melhor estado, nem a estagnação e nem o descontrole são benéficos. O vivenciado na atualidade é um descontrole, mas que poderá ser controlável por medidas certas e corretas aplicações.

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