O que o dia internacional da mulher e a revolução de fevereiro tem em comum?
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Resposta:
Há exatamente 100 anos, em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro do calendário juliano), a partir de uma manifestação de mulheres que comemoravam o Dia Internacional das Mulheres, que se encontrou com operários têxteis em greve da fábrica Putilov, começa a revolução de fevereiro na Rússia. Foi um belo encontro. As forças armadas, desgastadas com uma guerra insana, resolveram não reprimir as manifestações, aderindo aos manifestantes.
O Imperador Nicolau II não se encontrava na capital, Petrogrado, foragido e acossado numa casa de campo. A onda contrária ao poder dominante se avolumava. Diante da nova e surpreendente conjunção de forças criadas de mulheres, operários e forças armadas, o Czar abdicou.
Acabava, assim laconicamente, isolado, o último poder autocrático da Europa. Um poder que era resíduo dos tempos do absolutismo. Quem diria? A antes temida autocracia dos Romanov, por séculos uma tirania interna exercida com mãos de ferro, caiu por força de uma manifestação popular espontânea de mulheres e operários. Uma tirania, vale lembrar, que se constituiu por muito tempo no principal bastião da política conservadora européia, talvez o principal espectro anticomunista a que Marx e Engels aludiram na primeira frase do Manifesto Comunista.
Na sequência da abdicação do Czar, instaurou-se às pressas um Governo Provisório cujo projeto era instaurar um governo de democracia liberal na velha Rússia autocrática. O primeiro condutor do novo governo foi um membro da nobreza, o Príncipe Lvov. A ideia era que o governo permanecesse no poder até a eleição de uma Assembleia Constituinte.
Conquistou-se de imediato as liberdades civis e de opinião. Mas o Governo Provisório não deu respostas às principais aspirações populares: paz, pão e terra. Persistiu em mobilizar as tropas de um exército extenuado na frente de guerra. A fome grassava. Não resolveu o problema agrário.
A partir de fevereiro, o tempo acelerou. Pode-se dizer que os acontecimentos desatados a partir da revolução de fevereiro prenunciavam uma nova fase histórica, cujo acontecimento complementar foi a revolução de Outubro dos Sovietes e do Partido Bolchevique.
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