Filosofia, perguntado por Luumaraa1, 11 meses atrás

O que Nietzsche fala das filosofias de Sócrates e de Platão?

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Respondido por iasmim139
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Foi em uma conferência intitulada “Sócrates e a Tragédia” que Nit atacou o pensamento socrático e, em suas palavras dirigidas por carta ao amigo Rohde, causou “susto e mal-entendidos”.

Na tentativa de compreender a oposição de Nit, vamos recordar um pouco do pensamento socrático. Sócrates foi um grande racionalista da época, sua máxima residia no famoso “conheça-te a ti mesmo” que em essência expressa uma alta valorização da consciência e da racionalidade enquanto elementos que nos permitem acessar o que é o “bom” e o “ruim”.é importante situar Sócrates como aquele que coloca o conhecimento, construído unicamente pela razão e pela consciência, em uma posição central para o homem alcançar o que é de mais alto valor.
Por outro lado, para Nit, a consciência é algo que surge da necessidade do homem viver em sociedade (“rebanho”), sendo a linguagem um órgão a serviço da consciência que também surgiu das necessidades da vida coletiva. Dessa forma, o homem está limitado ao desconhecido. O homem é um Ser dotado de um corpo em sentido fisiológico e o subjetivo (pensamentos, linguagem, consciência) é um processo secundário e não o essencial, isto é, há vida independente da consciência se revelar. O subjetivo passa a ser criação do homem vivendo em sociedade e a consciência a frágil casca fina que encobre as profundezas do Ser.

Dentro desse contexto, é bom ressaltar que Nit arquiteta sua filosofia na desconstrução de valores que até então os homens têm se apoiado enquanto diretrizes para a humanidade. Não por pura rebeldia e insatisfação com os valores da época, mas por assumir uma posição de que a verdade nos é inacessível, restando-nos lançar-se ao inaudito e buscar a realização. – Isso não significa resignação, pelo contrário, é lançando-se ao desconhecido e deixando se levar pelo encantamento que podemos dar sentido às vivências, buscando extrair do sofrimento inerente à condição humana o riso inebriante que se expressa em um contentamento que não é inteligível à consciência.
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