O que mudou na escola após um forte trabalho de acolhimento aos estrangeiros?
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Resposta: Acolhimento é a chave para superar as diferenças...
Com taxas de crescimento econômico na faixa dos 7% ao ano e um regime democrático consolidado, o Brasil se tornou um destino atraente para imigrantes de países em desenvolvimento. Para ter uma ideia, de acordo com os dados da Polícia Federal, nos últimos dez anos a população de chineses triplicou, a de coreanos dobrou e a de bolivianos aumentou 70%. No fim de 2009, quase 895 mil estrangeiros viviam no país em situação regular e outros 60 mil sem documentação. A maioria vem para cá em busca de emprego e melhores condições de vida - o que inclui uma boa escola para os filhos.
"Uma parcela expressiva de imigrantes não teve acesso à Educação nos seus países e espera que os filhos possam ter no novo destino", diz Maria Elena Pires Santos, especialista em migração da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Os dados do Censo Escolar comprovam. Entre 2007 e 2009, 10 mil novos alunos estrangeiros passaram a frequentar nossas salas de aula, totalizando 38 mil estudantes na Educação Básica da rede pública. O aumento representa um desafio para as instituições que recebem os imigrantes: como ajuda-los na adaptação e garantir que possam aprender. A barreira da língua é apenas a mais visível das dificuldades. Muitos sofrem com preconceito e bullying e têm dificuldade para fazer amigos e se integrar à cultura brasileira (conheça os desafios escolares de alunos de quatro diferentes nacionalidades nos quadros que ilustram esta reportagem). Os pais, por sua vez, acompanham com distanciamento a vida na escola, quase nunca participando de reuniões e eventos. "Os que estão em situação irregular têm medo de serem descobertos e vergonha de se expor às outras famílias", conta Sandra Celli, diretora da EE Marechal Deodoro, em São Paulo, que tem 300 alunos estrangeiros matriculados.
A situação se agrava porque o Brasil não conta com nenhuma política pública para o ensino de estrangeiros - programas de adaptação, aulas extras de línguas ou currículos bilíngues, como ocorre na Finlândia, na Noruega e no Canadá. A formação docente também não aborda a presença do estudante de fora nas classes regulares. "Predomina uma visão etnocentrista, na qual o estrangeiro é recebido como alguém que tem de absorver nossa cultura e esquecer a sua", diz Sylvia Dantas DeBiaggi, psicóloga e estudiosa de migração da Universidade de São Paulo (USP). Para a pesquisadora, saber lidar com o contato intercultural é algo necessário sobretudo em momentos de ondas migratórias. O Brasil vive hoje sua terceira onda, iniciada há poucos anos, quando passamos a ser atraentes para países em estágio de desenvolvimento anterior ao nosso. A primeira, que se deu do século 16 até meados do 20, deu origem à identidade brasileira, com a chegada de africanos e europeus (leia no quadro abaixo como alemães e italianos se adaptaram ao sistema escolar brasileiro). A segunda, em sentido inverso às outras duas, foi a ida de 3,5 milhões de brasileiros para o exterior - sobretudo Estados Unidos e Japão - nas décadas de 1980 e 90
Explicação: espero ter ajudado, deixei uma parte que acho que te ajudará com a pergunta grifada <3 segue de lá em diante.