o que forçou a retirada das potências europeias do território africano
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Resposta:
Quando, no final da Idade Média, a partir dos séculos XV/XVI, os estados da Europa começaram a descobrir a África, encontraram aí reinos ou estados, que eram de feição árabe e berbere ou islamizados, no norte e ocidente daquele continente, e que eram habitados por populações negras pertencentes a uma variedade de grupos, principalmente ao Sul do Saara, com a importante excepção do império cristão da Etiópia. Os primeiros contactos com estes povos em geral não foram imediatamente de dominação, mas de carácter comercial. No entanto, os conflitos originados pela competição entre as várias potências europeias levaram no século XIX à dominação, e geralmente à destruição de reinos, processo este que culminou com a partilha do Continente Negro pelos estados europeus na Conferência de Berlim, em 1885.
No entanto, as duas grandes guerras que fustigaram a Europa durante a primeira metade do século XX deixaram aqueles países sem condições para manterem um domínio económico e militar nas suas colónias. Estes problemas, associados a um movimento independentista que tomou uma forma mais organizada na Conferência de Bandung, levou as antigas potências coloniais a negociarem a independência das colónias. Apesar da união entre os territórios africanos, firmada na Conferência dos Povos da África, realizada na cidade de Acra (capital do Gana, primeira colónia que se tornou independente), a independência de alguns países, como a Argélia, a República Democrática do Congo e as então colónias portuguesas Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, somente foi alcançada após desgastantes conflitos que se estenderam por até anos de guerra.