o que foi o populismo na Argentina?
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A Argentina do início do século XX não fugiu da política oligárquica, tal como outros países da América Latina. O governo radical de Yrigoyen, que se baseava nas classes médias urbanas e setores alijados do poder pela oligarquia dominante, não representou uma ruptura à dominação dos grandes oligarcas vinculados a agro-exportação e aos investimentos de capital externo, principalmente inglês. Com efeito, os contornos que a economia tomou, e a crise capitalista de 1929, representaram o início de uma ruptura. As camadas médias urbanas e o proletariado ascendente passaram a exercer uma forte oposição ao regime oligárquico instaurado no país. Mas os setores mais conservadores também começavam a se movimentar.
Em 1930, em decorrência da crise de 1929, um golpe de Estado, deflagrado por conservadores inspirados no fascismo, depôs o segundo governo de Yrigoyen e tomou o poder na Argentina. A partir daí uma sucessão de presidentes de inspiração fascista, ligados a antiga ordem oligárquica, visavam a manutenção desta mesma ordem e manter distante da política as aspirações populares, como as que ocorreram no período de Yrigoyen. A industrialização passou a ganhar destaque neste período, ao mesmo tempo em que o Estado passou a investir fortemente na economia. Entretanto, os choques políticos entre os radicais, reminiscentes da União Cívica Radical (UCR) de Hipólito Yrigoyen, e os conservadores governistas, continuavam durante todo o período; que vai até 1943. Nas cidades os trabalhadores se organizavam em sindicatos; em 1930 foi criada a Confederação Geral do Trabalho. Neste contexto, a Igreja Católica exerceu uma papel peculiar, pressionando o governo, principalmente o Ministério do Trabalho, a combater o desemprego.
No cenário internacional, a situação da Argentina perante a Segunda Guerra mundial era delicada. Os inúmeros acordos dos países latino-americanos visavam uma “solidariedade” para com os Estados Unidos. A própria política externa estadunidense nesta época, a política da “boa vizinhança”, buscava o apoio de países como Argentina, Brasil e México, os “grandes” da América Latina devido a forte industrialização. A Argentina, neste contexto, só se decidiu a abraçar a causa estadunidense no ano de 1945, ou seja, praticamente no fim da guerra. Isto porque, os vínculos econômicos da Argentina eram muito maiores com os países do Eixo do que com o restante da Europa, ou mesmo com os Estado Unidos; além do que, os governos de inspiração fascista na Argentina dominaram o cenário político da década de 1930.
No ano de 1943 outro golpe de Estado. Este movimento pôs fim ao “segundo ciclo oligárquico” (PRADO, 1996), que vai de 1930 até a data em questão (1943). O motivo declarado por essa “revolução” era de “restaurar” a democracia. Neste sentido, quem tomou a frente do movimento foi o exército, pois, pelo discurso destes, os partidos que dominaram o cenário político durante os anos 1930 estavam desgastados pelas fraudes e pelo clientelismo eleitoral. Estes militares estavam ligados a direita, que tinha, também, inspiração corporativista fascista. Mas isto não impediu de realizarem uma eleição em 1946. E quem se elegeu presidente foi Juan Domingo Perón, o outrora aliado dos militares de 1943.
Em 1930, em decorrência da crise de 1929, um golpe de Estado, deflagrado por conservadores inspirados no fascismo, depôs o segundo governo de Yrigoyen e tomou o poder na Argentina. A partir daí uma sucessão de presidentes de inspiração fascista, ligados a antiga ordem oligárquica, visavam a manutenção desta mesma ordem e manter distante da política as aspirações populares, como as que ocorreram no período de Yrigoyen. A industrialização passou a ganhar destaque neste período, ao mesmo tempo em que o Estado passou a investir fortemente na economia. Entretanto, os choques políticos entre os radicais, reminiscentes da União Cívica Radical (UCR) de Hipólito Yrigoyen, e os conservadores governistas, continuavam durante todo o período; que vai até 1943. Nas cidades os trabalhadores se organizavam em sindicatos; em 1930 foi criada a Confederação Geral do Trabalho. Neste contexto, a Igreja Católica exerceu uma papel peculiar, pressionando o governo, principalmente o Ministério do Trabalho, a combater o desemprego.
No cenário internacional, a situação da Argentina perante a Segunda Guerra mundial era delicada. Os inúmeros acordos dos países latino-americanos visavam uma “solidariedade” para com os Estados Unidos. A própria política externa estadunidense nesta época, a política da “boa vizinhança”, buscava o apoio de países como Argentina, Brasil e México, os “grandes” da América Latina devido a forte industrialização. A Argentina, neste contexto, só se decidiu a abraçar a causa estadunidense no ano de 1945, ou seja, praticamente no fim da guerra. Isto porque, os vínculos econômicos da Argentina eram muito maiores com os países do Eixo do que com o restante da Europa, ou mesmo com os Estado Unidos; além do que, os governos de inspiração fascista na Argentina dominaram o cenário político da década de 1930.
No ano de 1943 outro golpe de Estado. Este movimento pôs fim ao “segundo ciclo oligárquico” (PRADO, 1996), que vai de 1930 até a data em questão (1943). O motivo declarado por essa “revolução” era de “restaurar” a democracia. Neste sentido, quem tomou a frente do movimento foi o exército, pois, pelo discurso destes, os partidos que dominaram o cenário político durante os anos 1930 estavam desgastados pelas fraudes e pelo clientelismo eleitoral. Estes militares estavam ligados a direita, que tinha, também, inspiração corporativista fascista. Mas isto não impediu de realizarem uma eleição em 1946. E quem se elegeu presidente foi Juan Domingo Perón, o outrora aliado dos militares de 1943.
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No ano de 1943 outro golpe de Estado. Este movimento pôs fim ao “segundo ciclo oligárquico” (PRADO, 1996), que vai de 1930 até a data em questão (1943). O motivo declarado por essa “revolução” era de “restaurar” a democracia. Neste sentido, quem tomou a frente do movimento foi o exército, pois, pelo discurso destes, os partidos que dominaram o cenário político durante os anos 1930 estavam desgastados pelas fraudes e pelo clientelismo eleitoral. Estes militares estavam ligados a direita, que tinha, também, inspiração corporativista fascista. Mas isto não impediu de realizarem uma eleição em 1946. E quem se elegeu presidente foi Juan Domingo Perón, o outrora aliado dos militares de 1943.
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