O que foi o Concilio de trento?
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O Concílio de Trento recebe esse nome pois foi realizado na cidade de Trento, na Itália. Foi um conselho ecumênico convocado pelo papa Paulo III através de uma bula papal, no ano de 1542, como reação à Reforma Protestante de Martinho Lutero. Este conselho teve início em 1545 e durou até 1563 e fez parte da Contra-Reforma da Igreja Católica na Europa.
Os principais objetivos do Concílio de Trento foram reforçar a fé católica e seus dogmas em detrimento às novas doutrinas protestantes que surgiam no período.
O concílio de Trento definiu algumas diretrizes espirituais como: condenação à venda de indulgências; confirmação dos sete sacramentos; celibato clerical; salvação pelas obras e pela fé; reativação da inquisição; seminário para formação de sacerdotes; indissolubilidade do casamento; culto aos santos e Virgem Maria; decretos para fortalecer a hierarquia e garantir a unidade católica.
Resposta:
A partir de 1517, com a publicação das 95 teses de Martinho Lutero contra o clero católico, a Reforma Protestante tornou-se um evento histórico de grandes proporções, desencadeando uma série de transformações em todas as esferas: política, social, cultural e econômica. À Igreja Católica, nas décadas que se seguiram após as investidas dos reformistas, coube fazer a sua própria reforma, isto é, aquela que é denominada Contrarreforma ou, como denominou o historiador Hubert Jedin, a Reforma Católica. Boa parte das resoluções da Reforma Católica foi tomada no Concílio de Trento, realizado entre os anos de 1545 e 1563.
Um concílio ecumênico consiste na reunião da alta cúpula de clérigos católicos para deliberar sobre assuntos que podem ser tanto dogmáticos, isto é, temas estritamente vinculados sobre os dogmas (as verdades) da fé católica, quanto pastorais, relacionados com o modo de conduzir o comportamento dos cristãos católicos e proceder em processos (missionários) de conversão de novos fiéis. Evidentemente, com o crescimento exponencial do protestantismo no século XVI e o agravamento da situação política europeia em decorrência disso, a Igreja Católica decidiu promover um concílio na cidade de Trento para discutir tal situação.
Quem estava à frente do Concílio, naturalmente, era o Papa Paulo III, que pretendia, sobretudo, reafirmar os valores tradicionais do catolicismo. Um dos pontos principais era a manutenção dos sacramentos, como a eucaristia e a confissão. Além disso, a prática litúrgica, sobretudo a missa, pautada pelo Missal Romano e rezada em latim, seria preservada. Essas diretrizes rivalizavam com o protestantismo, sobretudo aquele de orientação calvinista.
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