O que foi a Triaga Brasílica?
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Triaga Brasílica entra para o RankBrasil por ter sido o primeiro remédio produzido no país, que era utilizado para sintomas de epilepsia, febre, sarampo, cólica, mordida de animais peçonhentos, entre outras enfermidades.
Inspirado nas produções de Roma e Veneza, na Itália, o medicamento foi criado no século 18, pelos jesuítas do Colégio de Salvador – BA. Ao todo 27 espécies vegetais e minerais eram utilizados na composição do remédio, entre raízes, sementes, extratos, gomas, óleos e sais químicos.
O sucesso de cura da Triaga Brasílica correu a Europa e tanto portugueses como espanhóis pagavam altas quantias para importar o medicamento. Tudo começou com a chegada dos jesuítas ao país, que vieram catequizar os índios.
Ao se aventurarem nas matas, eles descobriram os efeitos terapêuticos de certas plantas e começaram a pesquisar e catalogar a flora medicinal do Brasil, tirando proveito do conhecimento indígena. Quando os jesuítas acumularam uma quantidade suficiente de informações, criaram um preparado à base dessas ervas da floresta, a Triaga Brasílica.
Inspirado nas produções de Roma e Veneza, na Itália, o medicamento foi criado no século 18, pelos jesuítas do Colégio de Salvador – BA. Ao todo 27 espécies vegetais e minerais eram utilizados na composição do remédio, entre raízes, sementes, extratos, gomas, óleos e sais químicos.
O sucesso de cura da Triaga Brasílica correu a Europa e tanto portugueses como espanhóis pagavam altas quantias para importar o medicamento. Tudo começou com a chegada dos jesuítas ao país, que vieram catequizar os índios.
Ao se aventurarem nas matas, eles descobriram os efeitos terapêuticos de certas plantas e começaram a pesquisar e catalogar a flora medicinal do Brasil, tirando proveito do conhecimento indígena. Quando os jesuítas acumularam uma quantidade suficiente de informações, criaram um preparado à base dessas ervas da floresta, a Triaga Brasílica.
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Durante muitos anos eu trabalhei no subsolo do Departamento de Bioquímica Médica da UFRJ (na época ainda era Departamento, não havia ainda se tornado Instituto), no Laboratório de Biologia Molecular de Plantas sob orientação da professora Adriana Hemerly. Nós dividíamos o espaço físico do laboratório com outros dois professores, Paulo Cavalcante e Orlando Bonifácio. O laboratório ficava em um corredor muito estranho, meio abandonado (agora está muito melhor), era um lugar meio sinistro, mas eu lembro com muita saudade dessa época. Continuando pelo corredor, a uns 150 metros, estava o subsolo do NPPN (Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais), que meu avô havia ajudado a fundar e onde ele tinha uma sala.
Ele já era aposentado mas mantinha uma rotina de visitas à universidade. Ficava na sua sala, recebia gente, coorientava alguns pós-graduandos, fazia a ronda por laboratórios, se inteirava do que estava acontecendo e era muito requisitado. Acompanhei esses últimos anos de vida profissional do meu avô com admiração e reverência. Frequentemente eu era seu motorista e organizava meu dia de acordo com a hora que ele queria chegar ou sair. Com o passar dos anos ele foi indo cada vez menos à universidade.
Ele também frequentava muitos seminários. Muitas vezes ia assistir às apresentações que aconteciam às quarta-feira na Bioquímica. Eram assuntos muito distantes da sua área de atuação, mas ele gostava de saber o que se passava nos outros Departamentos e Institutos. Tinha uma curiosidade universal. Muitas vezes voltávamos pra casa falando sobre o seminário, e ele tirando dúvidas comigo sobre as coisas da biologia molecular. Quando eu via ele na sala me esforçava em dobro pra acompanhar o seminário, porque eu sabia que teria que responder às suas dúvidas na volta pra casa.
Quando decidiu parar de frequentar a universidade, meu avô me pediu ajuda para desmontar sua sala e fez uma farta distribuição de livros. Acho que ele estava deixando de ir à universidade muito mais por sua condição física do que qualquer outro motivo. Mentalmente ainda estava muito vivo. Ele colocou todos os seus trabalhos em uma pasta amarela. Coisas que ele queria levar pra casa e que, se não me engano, agora estão com meu tio. E eu lembro de um desses trabalhos que me intrigou muito: TRIAGA BRASILICA: RENEWED INTEREST IN A SEVENTEENTH-CENTURY PANACEA, um pequeno artigo que ele publicou com mais dois colegas (Nuno Pereira e Renato Jaccoud) em 1995.
Ele já era aposentado mas mantinha uma rotina de visitas à universidade. Ficava na sua sala, recebia gente, coorientava alguns pós-graduandos, fazia a ronda por laboratórios, se inteirava do que estava acontecendo e era muito requisitado. Acompanhei esses últimos anos de vida profissional do meu avô com admiração e reverência. Frequentemente eu era seu motorista e organizava meu dia de acordo com a hora que ele queria chegar ou sair. Com o passar dos anos ele foi indo cada vez menos à universidade.
Ele também frequentava muitos seminários. Muitas vezes ia assistir às apresentações que aconteciam às quarta-feira na Bioquímica. Eram assuntos muito distantes da sua área de atuação, mas ele gostava de saber o que se passava nos outros Departamentos e Institutos. Tinha uma curiosidade universal. Muitas vezes voltávamos pra casa falando sobre o seminário, e ele tirando dúvidas comigo sobre as coisas da biologia molecular. Quando eu via ele na sala me esforçava em dobro pra acompanhar o seminário, porque eu sabia que teria que responder às suas dúvidas na volta pra casa.
Quando decidiu parar de frequentar a universidade, meu avô me pediu ajuda para desmontar sua sala e fez uma farta distribuição de livros. Acho que ele estava deixando de ir à universidade muito mais por sua condição física do que qualquer outro motivo. Mentalmente ainda estava muito vivo. Ele colocou todos os seus trabalhos em uma pasta amarela. Coisas que ele queria levar pra casa e que, se não me engano, agora estão com meu tio. E eu lembro de um desses trabalhos que me intrigou muito: TRIAGA BRASILICA: RENEWED INTEREST IN A SEVENTEENTH-CENTURY PANACEA, um pequeno artigo que ele publicou com mais dois colegas (Nuno Pereira e Renato Jaccoud) em 1995.
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