O que foi a reforma agrária proposta por tibério, em 133 a.c ? Por que ela não foi aceita pelos ricos proprietarios
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“Os ricos, que ocupavam a maior parte desta terra indivisa (o ager publicus) e esperavam que logo lhes fosse reconhecida como de sua propriedade, começaram a agregar às suas próprias posses, as parcelas vizinhas dos pobres, em parte, comprando-as, em parte, arrebatando-as pela força; de modo que, finalmente, em suas mãos, em lugar de pequenas propriedades, encontraram grandes latifúndios. Para o trabalho dos campos e o cuidado do gado, começaram a comprar escravos... Deste modo, os poderosos enriqueceram-se desmesuradamente, e o país povoou-se de escravos. Os ítalos, em troca, diminuíram de número, esgotados pela miséria, pelos impostos e pelo serviço militar; logo que este peso diminuiu, os ítalos ficaram sem trabalho, pois a terra pertencia aos ricos, que não trabalharam nela com a ajuda de homens livres, mas com os braços de escravos” (As guerras civis, 1, 17).
TIBÉRIO SEMPRÔNIO GRACO, oriundo da aristocracia, neto de CIPIÃO, o Africano, vencedor de ANÍBAL, concebeu uma reforma agrária de grandes proporções, explica SÍLVIO MEIRA.
No verão de 134, antes da nossa era, TIBÉRIO apresentou sua candidatura a tribuno da plebe para o ano 133. As eleições foram acompanhadas por uma apaixonada agitação em torno da reforma agrária, como se pode deduzir das palavras de PLUTARCO:
“Mais que qualquer outra coisa, manifestaram-se nas eleições as tendências ambiciosas e a decisão de atuar do povo romano que, com inscrições sobre os pórticos, os muros e os monumentos, incitava TIBÉRIO a tirar dos ricos as terras pertencentes ao poder público para redistribuí-las aos pobres”.