História, perguntado por shuffle, 6 meses atrás

o que foi a reforma agraria e anti-imperialismo na guatemala

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Respondido por ruantiago312
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Resposta: simples

Explicação: O dia 27 de junho é uma data marcante para todo continente latino-americano. Esta data marca a queda do presidente eleito da Guatemala, Jacobo Arbénz, em 1954 sob golpe desferido desde o Departamento de Estado Norte-Americano.

Após forte campanha de propaganda, guerra econômica e, finalmente, movimentação militar, com uso da força aérea estadunidense e incitação à guerrilha mercenária, o governo que conduzia uma das mais intensas experiências de Reforma Agrária na América foi eliminado por Washington.

Nas palavras proferidas pelo próprio Arbénz em seu ato de renúncia: “têm divulgado que é um combate ao comunismo. A verdade é bem outra: temos que buscá-la nos interesses financeiros da companhia frutífera e dos outros monopólios norte-americanos, que têm investido grandes capitais na América Latina e temem que o exemplo da Guatemala se espalhe aos países irmãos americanos”.

“Nós temos indignado ante os ataques dos aviadores mercenários norte-americanos, que, sabendo que a Guatemala não conta com uma força aérea adequada para enfrentá-los, tem tratado de espalhar o pânico em todo o país, bombardeando as forças armadas que combatem no oriente da república, impedindo suas operações”, declarou o presidente deposto expondo o terrorismo de Estado a que o povo guatemalteco foi vítima.

Do exílio na Cidade do México, Arbénz testemunhou a derrocada de uma revolução que começara em 1944, da qual foi um dos protagonistas, junto com o então eleito Juan José Arévalo. Este levante popular se iniciou no intuito de derrubar a ditadura do General Ubico e teve um caráter prioritariamente urbano, com manifestações de estudantes, operários e professores, sempre duramente reprimidas.  

O cenário se altera em favor da revolução com a movimentação dos militares nacionalistas, entre eles Arbénz, que mais tarde em 1950 seria eleito presidente. O discurso nacionalista colocava em questão os monopólios praticados pelo capital norte-americano nos setores de transporte ferroviário e de energia elétrica, mas ameaçava frontalmente o monopólio da United Fruit Company, detentora de uma parte considerável das terras da Guatemala.

Com a ascensão do professor Juan José Arévalo e, a seguir, com a continuidade da revolução democrática, na eleição de Jacobo Arbénz, diversas medidas começaram a favorecer o povo guatemalteco: a criação de um Banco Central, submetendo a suas regras os organismos financeiros privados presentes no país; o surgimento da previdência pública; a construção de estradas e, entre as medidas mais destacadas desta “Primavera Guatemalteca”, a Reforma Agrária executada pelo governo Arbénz.

Segundo o próprio Arbénz, a Reforma Agrária, regulamentada pelo Decreto 900 de 1952, tinha um caráter de ampliar o número de proprietários, um caráter capitalista, com visão estratégica de possibilitar o surgimento da indústria naquele país e fundar uma economia sólida e independente.  

“ARTIGO 1º. A Reforma Agrária da Revolução de outubro tem por objetivo liquidar a propriedade feudal no campo e as relações de produção que a originam para desenvolver a forma de exploração e métodos capitalistas de produção na agricultura e preparar o caminho para a industrialização da Guatemala”, segundo o caput do Decreto.

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