o que foi a Guerra de Trincheiras
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Resposta:
Guerra de trincheiras é um tipo de guerra terrestre utilizando linhas ocupadas consistidas principalmente de trincheiras, onde as tropas que lá estão desfrutam de uma posição bem protegida contra ataques de projéteis balísticos inimigos, como armas de fogo pequenas e artilharias
Resposta:
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) produziu cerca de 19 milhões de mortos, entre militares e civis. Se a compararmos à Segunda (1939-1945), em que o número de mortos ultrapassou os 70 milhões, podemos ficar tentados a minimizar o seu potencial destrutivo, mas não nos enganemos. Nenhuma guerra anterior à “Grande Guerra”, iniciada em 1914, foi tão brutal, mortífera e aterradora – e a Segunda, como bem propuseram diversos historiadores, pode ser encarada como continuação da Primeira. Pois bem, entre as características fatídicas da Primeira Guerra está a chamada “guerra de trincheiras” ou “guerra de posição”. Mas o que vem a ser isso?
O que foi a “guerra de trincheiras”?
A Primeira Guerra Mundial começou em julho de 1914, na modalidade de “guerra de movimento”, isto é, a grande movimentação das tropas de ambos os lados do conflito (Tríplice Aliança e Tríplice Entente) com vistas à invasão e ocupação rápida dos territórios inimigos. Porém, esse avanço – que durou ao longo de praticamente todo o ano de 1914 – começou a ser refreado em 1915, quando os estrategistas passaram a privilegiar a defesa das posições conquistadas. Essa fase de defesa das posições ficou conhecida como “guerra de posição”, mas também levou o epíteto de “guerra de trincheiras”, já que as trincheiras – que eram longos corredores de valas cavadas no solo – serviam como “cordões” demarcadores dessas posições.
O general alemão Erich von Falkenhayn ficou famoso por ter elaborado definições para a “guerra de trincheiras”. Segundo ele, o “primeiro princípio da guerra de posição deve ser o de não ceder nem um centímetro de terreno; e, no caso de perdê-lo, retomá-lo imediatamente por meio do contra-ataque, mesmo à custa do último homem”. Isso explica os motivos pelos quais a guerra tornou-se tão mortífera a partir de 1915. A vida nas trincheiras era absolutamente extenuante e insalubre para os soldados. Além disso, os constantes bombardeamentos com balas de canhão, o uso de gases tóxicos e os vários erros táticos por parte dos dois lados da guerra provocaram um índice de mortandade muito grande, sobretudo em batalhas como a de Ypres e de Somme.
Dinâmica das batalhas
As dinâmicas das batalhas durante a “guerra de trincheiras” obedeciam ao critério do avanço lento da infantaria – que saía das trincheiras em dia e horário determinado pelo alto-comando – sobre a chamada “terra de ninguém”, o espaço interposto entre as duas posições inimigas. Ocorre que os buracos no solo causados pelos bombardeamentos, a chuva, a neve e os cadáveres apodrecidos tornavam essas “terras de ninguém” em um cenário de terror. Por outro lado, na medida em que os soldados avançavam sobre as linhas inimigas, as metralhadoras automáticas estraçalhavam-nos como papel. Como narra o historiador Modris Eksteins, em sua obra A Sagração da Primavera: a Grande Guerra e o nascimento da Era Moderna:
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