O QUE, FINALMENTE, PROVOCOU A VOLTA DE D. JOÃO VI E DE PARTE DA CORTE PARA PORTUGAL ?A REVOLUÇÃO LIBERAL DO PORTO (1820)
Vamos lembrar que depois da vinda da Família Real para o Brasil, Portugal ficou sendo governado
por ingleses. Isso causava enorme insatisfação entre os militares portugueses. Nobres e grandes comerciantes que haviam permanecido em Portugal passaram a achar que esse país tornara-se secundário para a Família Real. Em Agosto de 1820 isso chegou no limite: na cidade do Porto, litoral norte
de Portugal, iniciou-se um movimento revolucionário que exigia a imediata volta do rei para Portugal e a convocação de uma Assembleia Constituinte para elaborar uma Constituição que poria fim ao
Absolutismo Monárquico.
Com a aprovação da sociedade, formou-se um Governo Provisório que convocou as Cortes (primeiro
Parlamento Português que seguiu o modelo do Liberalismo Político - convocado pelo povo, e não pelo
rei; e sem sistema de votação baseado na divisão da sociedade em estamentos: clero, nobreza e povo)
para dar início à elaboração da Constituição.
Essa revolução, ao mesmo tempo que era contra o Absolutismo Monárquico, era a favor da volta do Brasil à simples condição de colônia de Portugal.
Pressionado, D. João VI acabou voltando para Portugal com parte de sua família e com parte da nobreza
da Corte, no dia 25 de Abril de 1821. No Rio de Janeiro, deixou seu filho mais velho, D. Pedro, como Príncipe Regente.
Discutia-se a subordinação das províncias brasileiras diretamente às Cortes de Lisboa, e não a D. Pedro. As Cortes passaram a exigir a volta do príncipe para Portugal. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, os
homens da elite – nascidos no Brasil e em Portugal – beneficiados com as mudanças econômicas proporcionadas pela elevação do Brasil a Reino Unido, opunham-se à subordinação às Cortes. A ameaça de
“recolonização” contribuiu para que a classe política do Brasil, composta por homens ricos, percebesse
que o caminho seria a ruptura definitiva com Portugal e se unisse a D. Pedro para apoiá-lo para ser o
governante após a Independência.
No dia 9 de Janeiro de 1822, D. Pedro recebeu um abaixo-assinado com 8 mil assinaturas pedindo que
permanecesse no Brasil. Decidido a ficar, ordenou que nenhuma ordem vinda das Cortes de Lisboa poderia ser cum sem sua autorização.
Em viagem para a província de São Paulo, para obter apoio, quando estava com suas tropas às margens
do riacho Ipiranga, D. Pedro recebeu um comunicado por escrito das Cortes de Lisboa revogando os
decretos do príncipe e exigindo seu imediato retorno para Portugal. D. Pedro não viu outra saída a não
ser a Proclamação da Independência. Era 7 de Setembro de 1822.
Depois de guerras de Independência que duraram três anos, Portugal reconheceu a Independência do
Brasil em 1825 exigindo o pagamento de uma indenização no valor de 2 milhões de libras, que D. Pedro
pediu emprestado a banqueiros ingleses.
1)Leia o texto acima e cite os motivos que levaram o retorno de D. Pedro I a Portugal?
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Resposta:
ocorrida em 7 de abril de 1831, deveu-se a uma série de complicações políticas nascidas dos interesses de brasileiros e portugueses, à época. Após setembro de 1822, quando o Brasil foi proclamado independente pelo então Príncipe Regente D. ... Pedro como imperador do Brasil
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