o que fez o presidente Getúlio Vargas ao perceber que os estoques de café abarrotados?
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Resposta:
Quando ocorreu o “crack” de 1929, o Brasil sofreu com uma séria crise de superprodução cafeeira tendo como principal consequência a queda no preço do produto, além de acumular grandes estoques do produto. Foi neste contexto que em 1931 o governo federal criou o Conselho Nacional do Café provocando um esvaziamento (mas não extinção) do Instituto do Café do Estado de São Paulo, objetivando a centralização das decisões políticas do café a nível federal. O CNC tinha como uma das suas atribuições a arrecadação das taxas de sacas de café exportadas, a compra de estoques cafeeiros, assim como a contratação de empréstimos necessários a execução das suas políticas.
Assim, em meio à instabilidade política e econômica de 1930, o novo governo retomou a política de defesa do café implementando 3 principais medidas:
Compra de parte da safra paulista a partir de empréstimos com bancos ingleses;
Queima de parte dos estoques de café, conhecida como “quota do sacrifício” ;
Estabelecimento de acordos de venda de café com diversos países.
Além de comprar o café e depois destruir os excedentes do produto (toneladas de café foram jogadas ao mar ou utilizadas como combustível de locomotivas em substituição ao carvão), o governo proibiu novas plantações em um prazo de 3 anos (criação de imposto por pé de café inibindo novos plantios) e promoveu o incentivo a produção de novos produtos como algodão, açúcar, borracha, cacau e mate, possibilitando assim a diversificação da produção.
Em 1933, esse órgão passou a ser chamado de Departamento Nacional do Café, operando a política do café em consonância como os ministérios da Fazenda e da agricultura até 1946 quando foi substituído pelo Departamento Econômico do café no governo do presidente Dutra