O que existe em comum entre a industrialização do Brasil e da Coréia do Sul?
Soluções para a tarefa
Respondido por
2
Leia o texto pode ajudar a tirar uma conclusão.Brasil e Coreia do Sul – Crescimento Econômico e Inovaçãopor: Hugo Ferreira Braga Tadeu - Professor e Pesquisador do Núcleo de
O período de grande crescimento da economia brasileira pode ser experimentado ao longo da década de 70, quando dos investimentos em obras de grande porte, citando usinas hidrelétricas, rodovias, portos, aeroportos, ponte Rio-Niterói, entre outros feitos. Os desafios das décadas seguintes foram o controle do processo inflacionário, o risco da dívida externa, do calote internacional e o desafio em criar um sistema econômico que equilibrasse as contas públicas, trazendo a credibilidade do país para o mundo.
No caso da Coreia do Sul, o crescimento econômico é recente. De um país dependente da Alemanha, Japão e Estados Unidos na década de 60, para uma das nações mais desenvolvidas atualmente no mundo, os desafios envolveram receber tecnologia de ponta de outras nações e o aprendizado, transformando o país pela inovação.
A busca por análises comparativas entre o Brasil e Coreia do Sul remete a algumas perguntas: (i) qual a história econômica recente dos dois países? (ii) qual o modelo predominante – industrial ou serviços? (iii) como estimular as inovações tecnológicas? (iv) quais os custos de produção? (v) quais os avanços percebidos na educação e na qualificação de pessoal?
As análises da história econômica dos dois países remetem a caminhos distintos para o crescimento e inovação. Apesar das origens predominantemente agrícolas, o Brasil ainda apresenta uma agenda de passado, buscando recursos para melhorar a qualidade da sua infraestrutura, com indicadores típicos de países subdesenvolvidos, conforme dados do Fórum Econômico Mundial (2013). Um dos grandes desafios das empresas brasileiras no momento é o aumento da produtividade, apesar do crescimento significativo das matrículas no ensino superior o que, em tese, resultaria em mão de obra qualificada.
Já a Coreia do Sul vem se destacando como uma nação rica, graças à priorização da indústria, do avanço tecnológico, dos ganhos de produtividade e em mão de obra amplamente qualificada. Os ganhos percebidos estão no crescimento significativo da sua indústria e renda per capita, segundo dados do Avanço Estatístico Econômico da Coreia (2013). Este crescimento foi possível graças às mudanças tecnológicas e industriais promovidas pelo país.
A capacidade de investimentos para reduzir os custos de produção é antagônica entre Brasil e Coreia do Sul. O momento atual vivido pelas empresas brasileiras é de amplo crescimento das receitas, mas com custos operacionais ultrapassando a geração de caixa, por questões relacionadas à qualidade do parque industrial, transportes, energia, mão de obra e tributos. No caso coreano, a capacidade para atrair investimentos, viabilizando novos empreendimentos com rentabilidade elevada e engenharia de primeiro mundo, resulta em taxas de crescimento de abertura de novos empreendimentos e na capacidade de exportação diferenciada.
Uma das grandes conquistas para aumentar a capacidade inovadora de um país é a melhoria dos investimentos em educação, ciência, tecnologia e pesquisas. Não há dúvida que o Brasil vem investindo bem nestes quesitos. A questão é a sua priorização, quando observa-se que o sistema prisional recebe 1,3% do PIB e a inovação 0,5%. Do total investido em inovação, 90% é destinado a professores de universidades públicas e na produção de artigos científicos, segundo dados do Conference Board (2012), sendo que outros setores de interesse nacional apresentam dificuldades de obter recursos.
Diferentemente, o modelo coreano vem priorizando investimentos em inovação por meio de ampla parceria com empresas privadas, com projetos de pesquisa voltados para o mercado e suas necessidades. Já na educação, o montante investido é inferior ao do Brasil, mas o grande salto aconteceu na qualificação de professores, no sistema de avaliação dos alunos, na priorização do ensino de base, e menos em tecnologias, como usualmente se imagina.
Conclui-se que o salto qualitativo para o Brasil, quando analisado o caso da Coreia do Sul, deveria ser priorizar o mercado, reduzindo inicialmente as barreiras de entrada, com custos menores de produção. Uma segunda medida deveria ser o maior investimento em novas tecnologias e em engenharia de ponta, impulsionando a indústria. Finalmente, para incrementar todos estes mecanismos, a geração de trabalhadores qualificados, aumentando a produtividade, seria o diferencial, atrelado a metas de investimentos em inovação, tanto para o setor público, quanto para o privado.
O período de grande crescimento da economia brasileira pode ser experimentado ao longo da década de 70, quando dos investimentos em obras de grande porte, citando usinas hidrelétricas, rodovias, portos, aeroportos, ponte Rio-Niterói, entre outros feitos. Os desafios das décadas seguintes foram o controle do processo inflacionário, o risco da dívida externa, do calote internacional e o desafio em criar um sistema econômico que equilibrasse as contas públicas, trazendo a credibilidade do país para o mundo.
No caso da Coreia do Sul, o crescimento econômico é recente. De um país dependente da Alemanha, Japão e Estados Unidos na década de 60, para uma das nações mais desenvolvidas atualmente no mundo, os desafios envolveram receber tecnologia de ponta de outras nações e o aprendizado, transformando o país pela inovação.
A busca por análises comparativas entre o Brasil e Coreia do Sul remete a algumas perguntas: (i) qual a história econômica recente dos dois países? (ii) qual o modelo predominante – industrial ou serviços? (iii) como estimular as inovações tecnológicas? (iv) quais os custos de produção? (v) quais os avanços percebidos na educação e na qualificação de pessoal?
As análises da história econômica dos dois países remetem a caminhos distintos para o crescimento e inovação. Apesar das origens predominantemente agrícolas, o Brasil ainda apresenta uma agenda de passado, buscando recursos para melhorar a qualidade da sua infraestrutura, com indicadores típicos de países subdesenvolvidos, conforme dados do Fórum Econômico Mundial (2013). Um dos grandes desafios das empresas brasileiras no momento é o aumento da produtividade, apesar do crescimento significativo das matrículas no ensino superior o que, em tese, resultaria em mão de obra qualificada.
Já a Coreia do Sul vem se destacando como uma nação rica, graças à priorização da indústria, do avanço tecnológico, dos ganhos de produtividade e em mão de obra amplamente qualificada. Os ganhos percebidos estão no crescimento significativo da sua indústria e renda per capita, segundo dados do Avanço Estatístico Econômico da Coreia (2013). Este crescimento foi possível graças às mudanças tecnológicas e industriais promovidas pelo país.
A capacidade de investimentos para reduzir os custos de produção é antagônica entre Brasil e Coreia do Sul. O momento atual vivido pelas empresas brasileiras é de amplo crescimento das receitas, mas com custos operacionais ultrapassando a geração de caixa, por questões relacionadas à qualidade do parque industrial, transportes, energia, mão de obra e tributos. No caso coreano, a capacidade para atrair investimentos, viabilizando novos empreendimentos com rentabilidade elevada e engenharia de primeiro mundo, resulta em taxas de crescimento de abertura de novos empreendimentos e na capacidade de exportação diferenciada.
Uma das grandes conquistas para aumentar a capacidade inovadora de um país é a melhoria dos investimentos em educação, ciência, tecnologia e pesquisas. Não há dúvida que o Brasil vem investindo bem nestes quesitos. A questão é a sua priorização, quando observa-se que o sistema prisional recebe 1,3% do PIB e a inovação 0,5%. Do total investido em inovação, 90% é destinado a professores de universidades públicas e na produção de artigos científicos, segundo dados do Conference Board (2012), sendo que outros setores de interesse nacional apresentam dificuldades de obter recursos.
Diferentemente, o modelo coreano vem priorizando investimentos em inovação por meio de ampla parceria com empresas privadas, com projetos de pesquisa voltados para o mercado e suas necessidades. Já na educação, o montante investido é inferior ao do Brasil, mas o grande salto aconteceu na qualificação de professores, no sistema de avaliação dos alunos, na priorização do ensino de base, e menos em tecnologias, como usualmente se imagina.
Conclui-se que o salto qualitativo para o Brasil, quando analisado o caso da Coreia do Sul, deveria ser priorizar o mercado, reduzindo inicialmente as barreiras de entrada, com custos menores de produção. Uma segunda medida deveria ser o maior investimento em novas tecnologias e em engenharia de ponta, impulsionando a indústria. Finalmente, para incrementar todos estes mecanismos, a geração de trabalhadores qualificados, aumentando a produtividade, seria o diferencial, atrelado a metas de investimentos em inovação, tanto para o setor público, quanto para o privado.
Perguntas interessantes
Matemática,
10 meses atrás
Biologia,
10 meses atrás
Matemática,
1 ano atrás
Matemática,
1 ano atrás
Química,
1 ano atrás
Matemática,
1 ano atrás