O que esses símbolos da mulher muçulmana sugerem
Soluções para a tarefa
Resposta:
islamofobia, e esse tipo de debate e intenções só demonstra isso. Na contramão do
discurso democrático em que a defesa das liberdades individuais é cada vez mais valorizada
entra em vigor a lei que proíbe o uso do véu na França. O uso desses acessórios pelas
mulheres muçulmanas é antes de mais nada um ato de obediência a Deus. Nesse sentido
um país que fala tanto em liberdade, deveria garantir o mesmo discurso de usar roupas
curtas à mulher que quer se cobrir inteira. O objetivo desse artigo é esclarecer e
compreender a controvertida história do uso do véu islâmico, seu poder simbólico
enquanto identidade de um grupo e o direito ou não de usá-lo, seja em seus países de
origem, sejam em outros países. O procedimento metodológico para a realização desse
trabalho está baseado no método histórico e comparativo. Na primeira etapa do texto
apresenta uma historização acerca do surgimento do véu e uma discussão sobre a
importância do uso do mesmo para a identidade muçulmana e a polêmica lei francesa de
2010 com a proibição deste adereço em lugares públicos na França. O método histórico
permite buscar as diferenças a partir de processos mais amplos. (compreender a história
como processo). No processo comparativo, diante de tal problemática, importante resgatar
o debate da Filosofia do Direito, relativa ao Comunitarismo em contraposição ao
Universalismo (Liberalismo), principalmente tendo em vista que, partindo de premissas
filosóficas distintas, ambas as teorias fundamentam a permissão para a proibição do uso do
véu islâmico nos Direitos Humanos. É fundamental conhecer e assumir as categorias que
permitem fazer esse confronto. A comparação é um processo de perceber as diferenças e
as semelhanças e de assumir valores nesta relação. A pesquisa bibliográfica conduzirá todo
o trabalho a ser desenvolvido nesse estudo.
O véu está em todos os lugares, em todas as imagens, em todas as reportagens que
nos chegam dos países muçulmanos. Xador, Jihab, Burca, Niqab, Jilhab, enfim o véu
islâmico. São muitas as vestimentas que cobrem o corpo, o rosto e os cabelos da mulher
muçulmana, mas para compreendermos esse poderoso símbolo, precisaremos recuar no
tempo, no tempo de Maomé, mais ou menos pelo ano de 622. Em um versículo do
Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos assim diz: “Ó crentes, não entreis na casa do
profeta, salvo se tiverdes sido convidados, [...] e se desejardes perguntar algo as suas
mulheres (de Maomé), fazei-o através de cortinas. Isso será mais puro para os vossos
corações e para os delas.” Sura 33, 35 apud Kamel (2007, p.150). Com base nesse versículo,
muitas seitas legitimaram e até segregaram as mulheres em aposentos só para ela.
Existem muitas versões sobre a origem do uso do véu, uma das mais contadas diz
respeito ao estado de beligerância em que Medina (cidade de Maomé)