História, perguntado por karinnesouza502, 7 meses atrás

O que é ser criança adolescente Em que momento da vida você se encontram Qual é a importância desse momento de vida​

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Respondido por gabrieluchiha24
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Resposta:

O que é ser criança hoje e ao longo da história

A infância nem sempre recebeu tanta importância quanto hoje. Ser criança no século 21 significa ter uma série de direitos como educação, saúde, nutrição e o fundamental direito à vida.

Mas séculos antes, durante a Idade Média, a criança não recebia o mesmo tratamento. As taxas de mortalidade após o nascimento eram altíssimas pela falta de preparo para lidar com o parto e os primeiros cuidados. Portanto, era comum que as famílias pouco se apegassem ao pequeno, que poderia sobreviver poucos meses. Além disso, a criança era encarada como um membro da família que deveria ajudar nas tarefas tanto quanto os mais velhos. Ainda durante o século 19, o menor de idade poderia enfrentar longas jornadas de trabalho e muitas vezes não frequentava a escola.

Hoje, principalmente nos países subdesenvolvidos, o poder público ainda não consegue garantir que todas as crianças concluam os estudos e fiquem livres do trabalho infantil, proibido no Brasil. Mas os olhares estão voltados para a valorização da infância e para a sua importância dentro da sociedade.

Ser criança ao longo da história

Toda criança é sempre criança em qualquer lugar do mundo ou em qualquer período histórico. O que varia são as atitudes dos adultos em relação a ela.

Durante a história antiga, a criança era submetida à autoridade do pai. Na educação grega e romana, a família era a responsável por educar os pequenos, considerados inoperantes e incapazes de ter qualquer autonomia. Posteriormente, já na Idade Média, o papel da criança continuava sendo mínimo.

Assim como a gestação e o nascimento, que eram amparados em crenças e rituais, a educação se pautava pelo imaginário religioso, e não pela ciência e pela racionalidade. Era orientada pela fé, realizada dentro de instituições como mosteiros e catedrais. Santo Agostinho considerava a infância um “mal necessário” e pintava uma imagem dramática: a criança era um ser imperfeito que carregava impureza. Por outro lado, o cristianismo também a encarava como um ser inocente que precisava de orientação para seguir os caminhos corretos – o que cercava sua vida de tensão.

Durante as expansões marítimas, no século 14, a criança era vista como um pequeno adulto que poderia servir como mão de obra nas embarcações. Ela ficava exposta à fome, doenças, naufrágios e guerras. “A total falta de respeito à infância marcou para sempre a memória da história da criança. Olhar os infortúnios destas ante a total inércia dos seus algozes demonstra a falta de sentimento e importância que norteava a visão de infância”, diz a pesquisa.

Posteriormente, na Renascença (período entre os séculos 14 e 16), uma nova concepção do homem na sociedade mudou a forma de encarar a infância. A criança passou a ir para a escola e a integrar uma sala de aula, onde era educada com disciplina e rigor.

“Pode-se perceber, portanto, que até o século 17, a ciência desconhecia a infância. Isto porque não havia lugar para as crianças nesta sociedade. Fato caracterizado pela inexistência de uma expressão particular para elas. Foi então, a partir de ideias de proteção, amparo e dependência que surge a infância”.

Ser criança hoje

Entre os séculos 19 e 20 foram criados os primeiros Estatutos da Criança. São conjuntos de regras que determinam seus direitos e metas para o desenvolvimento pleno. A infância passou a ser dividida por fases e foi criado o conceito de adolescência. Em 1959, a ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou a “Declaração Universal dos Direitos da Criança”, que inclui direitos como igualdade, escolaridade gratuita e alimentação.

A criança ocupa lugar de destaque na sociedade. De acordo com a tese acadêmica “O conceito de infância no decorrer da história”, de Laura Bianca Caldeira, criou-se uma consciência sobre a importância das experiências durante a primeira infância. Para que sejam as melhores possíveis, há uma série de políticas públicas e programas que ampliam as condições para sua cidadania.

O ideal de infância do século 21 traz a imagem de uma criança feliz, saudável e inteligente, que tem a chance de desenvolver seu potencial máximo desde o início da vida. Ao longo dos anos, conclui etapas baseadas em estudos e brincadeiras.

Mas apesar de tanta evolução, ainda restam dúvidas sobre o tratamento dado às crianças nos dias atuais. No que diz respeito à educação, por exemplo, a desigualdade começa ainda na primeira infância. Segundo o IBGE, quase 30% das crianças mais pobres do Brasil estavam fora da escola em 2013. Outra pesquisa, feita pela Fundação Abrinq em 2016, revela que houve um aumento de 143 mil crianças e adolescentes ocupados pelo trabalho infantil

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