História, perguntado por GabrielleRegina, 11 meses atrás

o que é possivel afirmar sobre o cotidiano da elite colonial na america espanhola?

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Respondido por efmr
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Antigo Sistema Colonial
O domínio, ocupação e exploração dos territórios conquistados pelas potências européias na expansão marítima da Idade Moderna foram estruturados no que se convencionou chamar de “antigo sistema colonial”. Seus elementos básicos eram a colônia, a área dominada e explorada por um país europeu, e a metrópole, a potência européia dominadora. Até o início do século XIX, a principal região colonizada era a América e o colonialismo se desdobrou em duas modalidades:
– A colonização de exploração. Adotada nas regiões tropicais, sub-tropicais ou produtoras de metais preciosos, eram consideradas as colônias mais valiosas na ótica das potências européias da época.
– A colonização de povoamento. Adotada nas regiões temperadas, com clima e vegetação semelhantes aos da Europa, onde não foram encontrados metais preciosos. Consideradas menos importantes do ponto de vista econômico, eram utilizadas para receber excedentes demográficos e refugiados políticos ou religiosos da metrópole.

Características do antigo sistema colonial

■ O mercantilismo. O antigo sistema colonial baseou-se no mercantilismo, a doutrina econômica típica dos Estados europeus nos séculos XV-XVIII. Caracterizado por práticas de intervencionismo ou dirigismo governamental na economia, o mercantilismo visava fortalecer e enriquecer o Estado por meio da acumulação de metais preciosos (metalismo). O controle de áreas produtoras de ouro ou prata, a busca da autarquia (uma economia mais auto-suficiente possível) e do superávit comercial (exportando mais do que importando) inserem-se nessa política mercantilista. O estímulo dos governos europeus ao crescimento das exportações e à obtenção de riquezas por meio do comércio internacional levou ao estabelecimento de uma “aliança” da monarquia com setores da burguesia, resultando na constituição de companhias de comércio privilegiadas. Parte considerável do mercado, sobretudo do comércio externo, passou a ser monopolizado por essas empresas e pelo Estado. Foi no contexto dessas idéias e práticas mercantilistas que o antigo sistema colonial foi sendo construído entre os séculos XV e XVIII. A exploração colonial atenderia aos objetivos mercantilistas de duas maneiras principais:
– O fornecimento de riquezas à metrópole. Com a produção de metais preciosos (exploração de minas) ou de gêneros tropicais e especiarias, que seriam trocados por ouro no mercado europeu por meio da re-exportação e venda. Para que o esquema fosse economicamente viável seria fundamental que a matéria-prima fosse produzida a um baixo custo. No caso da agricultura tropical, um dos modelos adotados foi a plantation ou plantagem: o latifúndio monocultor exportador, na época utilizando o trabalho escravo.
– O pacto-colonial. Também chamado de exclusivo comercial, era o monopólio que a metrópole exercia sobre o comércio externo da colônia (a colônias só podia vender ou comprar da sua metrópole).

■ Hegemonia do capital comercial. Os investimentos e o lucro da burguesia metropolitana ou européia concentravam-se no comércio com a colônia e na re-exportação de seus produtos.

■ A produção colonial era em moldes pré-capitalistas. A produção de matérias-primas em larga escala a um baixo custo com uma tecnologia pré-industrial dependia, necessariamente, da utilização do trabalho braçal de uma mão-de-obra numerosa e barata. A conseqüência foi a adoção do trabalho compulsório, baseado na coerção jurídica-política (leis e violência obrigando o trabalhador a trabalhar para outra pessoa), como a escravidão e a servidão.

■ Formação de uma elite colonial. A produção na colônia, de uma maneira geral, não era controlada pelo Estado, burguesia ou nobreza metropolitana, mas por uma elite colonial (latifundiários, mineradores). Essa classe dominante da colônia – a camada social que dominava as principais riquezas da colônia, sobretudo a terra – também se beneficiou do sistema colonial, enriquecendo-se com ele, ainda que a acumulação de capital gerada pelo colonialismo de exploração tenha sido maior na Europa. Em todas as colônias existiam instituições de administração local (assembléias, conselhos ou câmaras municipais) que eram ocupadas por ela. Assim, o “espaço político” na colônia nunca foi totalmente controlado pela metrópole, havendo “brechas” que permitiam a atuação dos grupos coloniais mais ricos. Com efeito, durante mais de dois séculos, a elite colonial considerava válida, necessária e natural o domínio político da metrópole sobre a colônia, por três razões principais: a metrópole era o principal mercado consumidor da produção colonial, a metrópole garantia a defesa e segurança da colônia contra invasões estrangeiras ou revoltas de escravos e índios, e existiam fortes laços históricos e culturais entre essas elites e a metrópole.
Fonte(s): http://historiarevista.blogspot.com/2007/02/antigo-sistema-colonial.html


Respondido por liviamarquez
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A elite colonial da América Espanhola era composta por dois grupos:

- Criollos: Filhos de espanhóis nascidos na América. Os mesmos se destacavam por seus papéis na economia e desenvolvimento da agricultura na região.

- Chapetones: Filhos de espanhóis nascidos na Espanha e migrados para a colônia. Os mesmos desempenhavam as mais altas funções administrativas da colônia. 

Ambas as elites desempenhavam funções políticas dentro da estrutura colonial, porém existia a diferenciação exposta acima. Também estavam ambas envolvidas com as práticas econômicas coloniais, mas os criollos se desenvolveram mais e se constituíram como uma burguesia colonial.
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