o que é política de recenseamento?
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
Para quê serve o Recenseamento Militar Obrigatório?
Por lei o recenseamento no território moçambicano é obrigatório. Com o recenseamento, o Governo moçambicano tem por objectivo obter informações de todos os cidadãos que atingem, em cada ano, a idade do início das obrigações militares, portanto todos os cidadãos de ambos os sexos que completam 18 anos de idade até 31 de Dezembro de cada ano.
Poderão ainda fazer o recenseamento todos aqueles que por motivos vários não o fizeram, mas que ainda não tenham completado os 35 anos de idade.
A Rádio Mocambique anunciou no dia 23 de Fevereiro que a Cidade de Maputo tinha feito um registo do recenseamento para o Serviço Militar Obrigatório (SMO) que ultrapassou a meta prevista, dos 19.000 até a data tinha inscrito 25.000, quando faltam 5 dias para o término do processo.
Ao ouvir esses números fiquei maravilhado e "quase" ia mesmo congratular a Direcção da Cidade de Maputo, mas depois tentei procurar comigo mesmo quais teriam sido as possíveis razões para estes números e não tardei em me aperceber que não havia outra desculpa que não fosse atingir/ultrapassar tais metas.
Já me explico:
Simples, temos que partir da base sobre as razões que levam as pessoas a fazer o recenseamento e o período em que o mesmo decorre. Se estivermos mais atentos iremos perceber que as pessoas não aderem a este serviço por livre e espontânea vontade (por isso é obrigatório), o fazem para ter benefícios meramente identitários, académicos ou profissionais e nada de servir/defender à pátria.
Esses números que a Cidade de Maputo atingiu e provavelmente outras províncias irão atingir, deve-se ao facto de (por exemplo) Maputo ser a Cidade onde se regista maior número de candidatos ao ensino superior e consequentemente a exigência do documento do recenseamento é obrigatório para os admitidos.
Deve-se ainda as vagas de emprego que são oferecidas (com destaque para o sector público) que sempre solicita-se o comprovativo do SMO.
E mais, o recenseamento sempre faz-se numa época de inscrições para exames escolares e não só, cartas de condução, pedidos de passaportes e BI que no mês de Janeiro - Fevereiro são mais requeridos para vários fins.
Uma das coisas que leva a se ultrapassar as metas é a má planificação ou má projecção dos técnicos da área. Em alguns casos, a má planificação é resultado da falta de conhecimento em relação o que se espera, são projecções feitas a partir do gabinete, sem se ir ao terreno. Há casos em que a má planificação/projecção é intencional, com intuito de impressionar aos superiores ou a sociedade, vindo posteriormente cantar que fez-se excelente e árduo trabalho que levou a ultrapassar as metas.
RESUMINDO: Para mim, a Cidade de Maputo não devia se orgulhar por ter ultrapassado a meta se na verdade sabemos que os números não representam a suprema vontade dos inscritos ao mesmo.
Para quê serve o Recenseamento Militar Obrigatório?
Por lei o recenseamento no território moçambicano é obrigatório. Com o recenseamento, o Governo moçambicano tem por objectivo obter informações de todos os cidadãos que atingem, em cada ano, a idade do início das obrigações militares, portanto todos os cidadãos de ambos os sexos que completam 18 anos de idade até 31 de Dezembro de cada ano.
Poderão ainda fazer o recenseamento todos aqueles que por motivos vários não o fizeram, mas que ainda não tenham completado os 35 anos de idade.
A Rádio Mocambique anunciou no dia 23 de Fevereiro que a Cidade de Maputo tinha feito um registo do recenseamento para o Serviço Militar Obrigatório (SMO) que ultrapassou a meta prevista, dos 19.000 até a data tinha inscrito 25.000, quando faltam 5 dias para o término do processo.
Ao ouvir esses números fiquei maravilhado e "quase" ia mesmo congratular a Direcção da Cidade de Maputo, mas depois tentei procurar comigo mesmo quais teriam sido as possíveis razões para estes números e não tardei em me aperceber que não havia outra desculpa que não fosse atingir/ultrapassar tais metas.
Já me explico:
Simples, temos que partir da base sobre as razões que levam as pessoas a fazer o recenseamento e o período em que o mesmo decorre. Se estivermos mais atentos iremos perceber que as pessoas não aderem a este serviço por livre e espontânea vontade (por isso é obrigatório), o fazem para ter benefícios meramente identitários, académicos ou profissionais e nada de servir/defender à pátria.
Esses números que a Cidade de Maputo atingiu e provavelmente outras províncias irão atingir, deve-se ao facto de (por exemplo) Maputo ser a Cidade onde se regista maior número de candidatos ao ensino superior e consequentemente a exigência do documento do recenseamento é obrigatório para os admitidos.
Deve-se ainda as vagas de emprego que são oferecidas (com destaque para o sector público) que sempre solicita-se o comprovativo do SMO.
E mais, o recenseamento sempre faz-se numa época de inscrições para exames escolares e não só, cartas de condução, pedidos de passaportes e BI que no mês de Janeiro - Fevereiro são mais requeridos para vários fins.
Uma das coisas que leva a se ultrapassar as metas é a má planificação ou má projecção dos técnicos da área. Em alguns casos, a má planificação é resultado da falta de conhecimento em relação o que se espera, são projecções feitas a partir do gabinete, sem se ir ao terreno. Há casos em que a má planificação/projecção é intencional, com intuito de impressionar aos superiores ou a sociedade, vindo posteriormente cantar que fez-se excelente e árduo trabalho que levou a ultrapassar as metas.
RESUMINDO: Para mim, a Cidade de Maputo não devia se orgulhar por ter ultrapassado a meta se na verdade sabemos que os números não representam a suprema vontade dos inscritos ao mesmo.
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