O que é o cérebro eletrônico citado no artigo e qual sua relação com o Brasil?
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Olá! O disco homônimo de Gilberto Gil começa com uma de suas faixas mais emblemáticas, tanto que tornou-se o nome não oficial do álbum: Cérebro Eletrônico.
O disco homônimo de Gilberto Gil começa com uma de suas faixas mais emblemáticas, tanto que tornou-se o nome não oficial do álbum: Cérebro Eletrônico.
A primeira faixa já apresenta ao ouvinte um panorama do disco, seja em sua logopeia, seja musicalmente: a temática é a tecnologia e o encontro (por que não “confronto”) com o homem; a sonoridade é marcada pela guitarra de Lanny Gordin e pelos teclados marcantes, característicos do rock britânico e americano dos anos 60 e 70, se tornando, assim, sinais claros do projeto antropofágico de Gil e Caetano sendo realizado.
A faixa começa com uma celebração à tecnologia cibernética (aparecendo com a imagem do cérebro eletrônico), que ainda habitava mais o campo da imaginação do que a realidade da vida cotidiana no período.
Quando é afirmado que o cérebro eletrônico não interfere no ciclo da vida, afirma-se também, novamente, sua impotência, seu alheamento a questões relativas à vida e à sua essência (impulso primitivo/só eu posso pensar se Deus existe).
Em suma, nesta faixa de vanguarda, Gilberto Gil vê o princípio de um novo padrão de vida no Brasil, de constante industrialização, de predomínio da tecnologia estrangeira e tenta, de certa forma, tranquilizar o homem, ainda pouco familiarizado, sobre sua importância fundamental: ante a certeza e a precisão do Cérebro Eletrônico, cultua a capacidade do homem de duvidar, de ter meio termo, de ser, enfim, perfeito em sua imperfeição.
[Esperto ter lhe ajudado!] ;)