Geografia, perguntado por Usuário anônimo, 5 meses atrás

O que é malha hídrica?
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Respondido por enzogaelmarcotto254
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Resposta:

De acordo com um estudo recente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o Brasil utiliza apenas 30,9% da malha hídrica disponível para navegação. Dos 63 mil quilômetros disponíveis, apenas 19 mil estão sendo aproveitados para o transporte de passageiros e cargas. Esses números representam somente 5% do transporte realizados no País.

A situação revela que as hidrovias ainda têm muito potencial não explorado, sendo que podem oferecer diversos benefícios tanto para a logística comercial quanto para a preservação da natureza. Atualmente, as maiores extensões navegáveis no Brasil estão na região amazônica, representando cerca de 16 mil km. No entanto, de acordo com a CNT, o uso está bem abaixo do seu verdadeiro potencial.

Vantagens do uso da malha hídrica

Os pontos positivos chamam atenção, principalmente em um momento em que o País precisa lutar para se desenvolver da forma mais sustentável possível. A navegação ajuda a reduzir os deslocamentos rodoviários feitos por caminhões, diminuindo a emissão de poluentes no ar e evitando o desmatamento para abertura de novas estradas.

No entanto, vale ressaltar que o investimento necessário não se limita a recursos financeiros, pois envolve estudos e planejamentos. A diminuição da poluição pode, por exemplo, gerar créditos de carbono para se investir ainda mais nesse segmento. Além disso, de acordo com a Agência de Inteligência Corporativa Ambiental (AICA), o uso das hidrovias é capaz de reduzir significativamente o custo com logística e transporte, principalmente no caso de grãos e minérios, que podem passar por um tempo de transporte maior sem danos.

Com a redução dos caminhões e de outros veículos nas rodovias, os gastos com manutenção tendem a cair. Afinal, as estradas permanecem conservadas por mais tempo.

Desafios do setor

Um dos pontos negativos do transporte por hidrovias está no maior tempo de percurso até o destino. Devido a isso, a tendência é que os investimentos governamentais e a distribuição de recursos para a infraestrutura sejam direcionados majoritariamente às rodovias.

Diferentemente de um rio comum, uma hidrovia só pode receber essa classificação quando apresenta um potencial navegável e adequado para o transporte comercial, seja de cargas, seja de pessoas. Desse modo, é preciso investir em estrutura e sinalização, garantindo maior segurança e eficiência a esse meio de transporte. Além disso, o licenciamento ambiental é carregado de burocracias, o que dificulta o acesso a essas áreas. Por isso, é fundamental que o governo promova maior integração entre o Ministério do Meio Ambiente, o Ibama e a CNT.

Somente com estudos que comprovem o sinal verde para as questões ecológicas e ambientais será possível tirar o atraso do Brasil em relação a outros países que são referência no transporte hídrico. Entre os impactos positivos para o País estaria a diminuição de custos nessa área, o que resultaria em maior vantagem competitiva, com produtos mais baratos no mercado internacional.

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