o que é harmonia das esferas
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A teoria da harmonia das esferas remonta ao filósofo grego Pitágoras (570-496 a.c.).
Segundo uma lenda contada por lambilochos, quando Pitágoras ouviu os diferentes sons produzidos pelos martelos de uma oficina de ferreiro, percebeu que os valores dos sons podem ser expressos em relações quantitativas, e portanto em valores numéricos e em proporções geométricas. Servindo-se de instrumentos de cordas, descobriu a relação existente entre as frequências das vibrações e a altura do som. De acordo com a teoria de Pitágoras, todo o Universo é composto de harmonia e número. Tanto a alma micrcósmica como o Universo macrocósmico teriam sido unidos segundo as relações de proporcionalidade ideais, que se exprimem numa gama de tons.
A altura das notas de cada planeta na escala de tons celestial regular-se-ia pela velocidade da sua rotação, estando as distâncias entre eles relacionadas com os intervalos musicais. Kepler veio tornar o sistema mais complexo, na medida em que atribuiu a cada planeta uma completa gama de tons. A sequência que julgou ter descoberto para a terra (Mi Fa Mi) indicou-lhe, pouco depois da eclosão da Guerra dos Trinta Anos, que "no nosso vale de lágrimas, é a Misère (miséria)e a Fames (fome)que imperam".
A beleza e a harmonia das formas são características que sempre procuramos identificar ao nosso redor. As formas perfeitas e simétricas sempre nos chamam mais a atenção que os objetos que não apresentam essas características. Um belo rosto é sempre aquele que traz as formas mais proporcionais, simétricas e harmoniosas. Platão associava o belo ao bom. Para esse filósofo, a beleza absoluta, que seria imutável e universal, estaria relacionada à ordem, à simetria, à harmonia e às proporções equilibradas. Ao fazer essa associação, chegava a considerar que o bem supremo seria a junção de um corpo belo com uma mente bela.
busca da harmonia também alcançou os céus. Pitágoras, no século 6 a.C., construiu uma teoria da harmonia das esferas celestes, na qual havia uma consonância das notas que os astros produziriam em seus movimentos regulares. O cosmos todo executaria uma música universal – a música das esferas.
Ele percebeu que os sons musicais harmoniosos são emitidos por uma corda vibrante cujo comprimento é dividido segundo proporções simples, ou seja, existe uma relação entre sons harmoniosos e números inteiros. Reduzindo-se o comprimento da corda de um violão à metade, esta passa a emitir um som uma oitava acima, isto é, com o dobro da freqüência. Dessa forma, para Pitágoras, relações desse tipo indicavam que “todas as coisas eram números inteiros”.
A busca pela harmonia cósmica prosseguiu com um dos mais importantes cientistas de todos os tempos: o alemão Johannes Kepler (1571-1630). Segundo consta, durante uma das suas aulas na Escola Luterana de Graz, na Áustria, em 1594, Kepler considerou que não deveria ser uma simples coincidência o fato de existirem apenas cinco sólidos regulares – tetraedro, cubo, octaedro, dodecaedro e o icosaedro, com 4, 6, 8 12 e 20 faces, respectivamente – e seis planetas conhecidos na época – Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.
Ele imaginou que cada um desses sólidos geométricos estaria circunscrito por uma esfera, de forma a obter seis esferas concêntricas com raios que seriam iguais às trajetórias circulares dos planetas em torno do Sol, colocado no centro desse arranjo. No entanto, como sabemos atualmente, o modelo proposto por Kepler é apenas belo e não representa a realidade, pois existem outros planetas no nosso Sistema Solar e mais de uma centena orbitando outras estrelas. Contudo, esse modelo permitia obter o raio das órbitas dos planetas com uma precisão da ordem de 5%.
A procura pela harmonia cósmica pode ser entendida, nos dias de hoje, como a busca por leis físicas fundamentais que, em princípio, descrevam todos os fenômenos da natureza. Conhecemos atualmente quatro forças fundamentais: gravitacional, eletromagnética, nuclear forte e nuclear fraca. Todas essas forças moldam o nosso universo.
Abraços!!!!
Segundo uma lenda contada por lambilochos, quando Pitágoras ouviu os diferentes sons produzidos pelos martelos de uma oficina de ferreiro, percebeu que os valores dos sons podem ser expressos em relações quantitativas, e portanto em valores numéricos e em proporções geométricas. Servindo-se de instrumentos de cordas, descobriu a relação existente entre as frequências das vibrações e a altura do som. De acordo com a teoria de Pitágoras, todo o Universo é composto de harmonia e número. Tanto a alma micrcósmica como o Universo macrocósmico teriam sido unidos segundo as relações de proporcionalidade ideais, que se exprimem numa gama de tons.
A altura das notas de cada planeta na escala de tons celestial regular-se-ia pela velocidade da sua rotação, estando as distâncias entre eles relacionadas com os intervalos musicais. Kepler veio tornar o sistema mais complexo, na medida em que atribuiu a cada planeta uma completa gama de tons. A sequência que julgou ter descoberto para a terra (Mi Fa Mi) indicou-lhe, pouco depois da eclosão da Guerra dos Trinta Anos, que "no nosso vale de lágrimas, é a Misère (miséria)e a Fames (fome)que imperam".
A beleza e a harmonia das formas são características que sempre procuramos identificar ao nosso redor. As formas perfeitas e simétricas sempre nos chamam mais a atenção que os objetos que não apresentam essas características. Um belo rosto é sempre aquele que traz as formas mais proporcionais, simétricas e harmoniosas. Platão associava o belo ao bom. Para esse filósofo, a beleza absoluta, que seria imutável e universal, estaria relacionada à ordem, à simetria, à harmonia e às proporções equilibradas. Ao fazer essa associação, chegava a considerar que o bem supremo seria a junção de um corpo belo com uma mente bela.
busca da harmonia também alcançou os céus. Pitágoras, no século 6 a.C., construiu uma teoria da harmonia das esferas celestes, na qual havia uma consonância das notas que os astros produziriam em seus movimentos regulares. O cosmos todo executaria uma música universal – a música das esferas.
Ele percebeu que os sons musicais harmoniosos são emitidos por uma corda vibrante cujo comprimento é dividido segundo proporções simples, ou seja, existe uma relação entre sons harmoniosos e números inteiros. Reduzindo-se o comprimento da corda de um violão à metade, esta passa a emitir um som uma oitava acima, isto é, com o dobro da freqüência. Dessa forma, para Pitágoras, relações desse tipo indicavam que “todas as coisas eram números inteiros”.
A busca pela harmonia cósmica prosseguiu com um dos mais importantes cientistas de todos os tempos: o alemão Johannes Kepler (1571-1630). Segundo consta, durante uma das suas aulas na Escola Luterana de Graz, na Áustria, em 1594, Kepler considerou que não deveria ser uma simples coincidência o fato de existirem apenas cinco sólidos regulares – tetraedro, cubo, octaedro, dodecaedro e o icosaedro, com 4, 6, 8 12 e 20 faces, respectivamente – e seis planetas conhecidos na época – Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.
Ele imaginou que cada um desses sólidos geométricos estaria circunscrito por uma esfera, de forma a obter seis esferas concêntricas com raios que seriam iguais às trajetórias circulares dos planetas em torno do Sol, colocado no centro desse arranjo. No entanto, como sabemos atualmente, o modelo proposto por Kepler é apenas belo e não representa a realidade, pois existem outros planetas no nosso Sistema Solar e mais de uma centena orbitando outras estrelas. Contudo, esse modelo permitia obter o raio das órbitas dos planetas com uma precisão da ordem de 5%.
A procura pela harmonia cósmica pode ser entendida, nos dias de hoje, como a busca por leis físicas fundamentais que, em princípio, descrevam todos os fenômenos da natureza. Conhecemos atualmente quatro forças fundamentais: gravitacional, eletromagnética, nuclear forte e nuclear fraca. Todas essas forças moldam o nosso universo.
Abraços!!!!
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